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CRIME VIRTUAL
PF acha na Unesp computador com imagem pedófila
ROGÉRIO PAGNAN
DA FOLHA RIBEIRÃO
O campus da Unesp (Universidade Estadual Paulista) em Franca é alvo de uma investigação do
Ministério Público e da Polícia Federal por ser base de uma rede de
pedofilia (perversão sexual contra
crianças) na internet.
A unidade no interior paulista é
a mesma onde trabalhava um
professor de dança condenado a
26 anos e oito meses por estupro.
Anteontem, uma equipe da PF
de São Paulo, acompanhada de
técnicos da própria universidade,
esteve na unidade e apreendeu
dois computadores que continham material pornográfico infantil -ninguém foi preso.
A apreensão ocorreu no pólo de
informática do campus, que tem
90 máquinas e é usado por ao menos 2.050 alunos, 101 professores
e cem funcionários. Todas as máquinas foram analisadas, trabalho
que durou aproximadamente oito horas. A investigação está em
andamento há três meses. A PF
não falou sobre a operação.
Segundo o diretor interino da
Unesp de Franca, Ivan Aparecido
Manoel, a notícia deixou perplexos professores, funcionários e
alunos e, ao mesmo tempo, colocou todos sob suspeição. "Uma
vez que não sabemos quem foi, fica mal para todo mundo. É uma
sensação horrível", afirmou.
"Isso é o grau mais alto da perversão humana. E me abalou saber que nosso meio tem gente que
se dispõe a isso."
Há dificuldade em identificar o
responsável (ou responsáveis) pelo crime porque o sistema não
tem senhas individuais. A diretoria afirmou que o sistema será alterado a partir desta semana.
No início do ano, a Unesp de
Franca teve o nome ligado a outro
crime sexual, quando o professor
de dança Célio Ernande Pereira,
41, foi preso sob acusação de estuprar cinco universitárias. Ele ficou
conhecido como "maníaco da
Unesp" e foi condenado a 26 anos
e oito meses por um dos casos.
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