São Paulo, sábado, 20 de novembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Laudo não vê falha técnica em colapso do metrô

Mais de 150 mil foram afetados pela paralisação da linha 3, em setembro

Delegado diz que trem 309, cuja parada iniciou a série de problemas, ficou no túnel para esperar próximo seguir

Marcelo Justo-21.set.2010/Folhapress
Após pane, usuários aguardam metrô voltar ao normal

ALENCAR IZIDORO
DE SÃO PAULO

O IC (Instituto de Criminalística) não detectou nenhuma falha técnica no trem do metrô que desencadeou a paralisação por mais de duas horas da linha 3-vermelha, em setembro deste ano.
O laudo do órgão diz que "não foram constatadas anormalidades no sistema de abertura e fechamento das portas" -hipótese aventada para explicar por que a composição 309 teve que seguir parada entre Pedro 2º e Sé.
O incidente, na época, provocou pânico em passageiros em vagões superlotados, que quebraram janelas e caminharam pelos trilhos -resultando num colapso em série.
O IC diz que a parada do trem antes da plataforma não ocorreu por defeito técnico, mas porque havia outro parado na Sé, logo adiante.
Em seguida, houve um aviso dentro da cabine de que uma porta no lado direito não estava fechada.
O laudo do IC não conseguiu identificar por que houve esse sinal de porta aberta.
Depoimentos confirmaram a existência de uma blusa presa na porta do vagão 6 do trem, levando a polícia a investigar sabotagem.
O laudo, porém, não detectou vestígio da roupa. O delegado Valdir de Oliveira Rosa diz que a presença da blusa deve ter sido acidental.
O trem circulou depois do incidente e foi para a perícia somente após dois dias.
A tendência da investigação é afastar a possibilidade de qualquer ato intencional.
Embora a finalidade da apuração policial não seja identificar as causas da paralisação no metrô (só verificar se houve crime), Rosa avalia que pode encontrar explicações a partir de depoimentos.
Para ele, a sensibilidade do sensor das portas é grande e há hipótese de que a indicação de abertura na cabine tenha sido por causa da blusa presa e/ou da pressão do corpo de passageiros que estavam no vagão superlotado, em trecho da via que é inclinado para a direita.


Texto Anterior: Eunice Rise (1929-2010): "Pintava" quadros em ponto cruz
Próximo Texto: Saiba mais: Outras falhas não são alvo do laudo do IC
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.