São Paulo, sábado, 20 de novembro de 2010

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Av. Paulista terá nova iluminação em 2011

Projeto prevê postes mais baixos e uso de lâmpadas mais eficientes

Mudança é um pedido antigo de associação; prefeitura quer plano diretor para iluminação e paisagem na cidade

LETICIA DE CASTRO
DE SÃO PAULO

Calçadas mais iluminadas, postes mais baixos, lâmpadas mais econômicas. Esses são os principais pontos do projeto da prefeitura que pretende repaginar a iluminação da avenida Paulista.
A expectativa da SP Urbanismo, que aprovou neste mês na Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU) o estudo apresentado pelo Ilume (Departamento de Iluminação Pública da Prefeitura), é que a instalação comece no início do próximo ano.
A mudança na avenida mais famosa da cidade deve ser apenas o piloto de um projeto mais ambicioso da prefeitura, que pretende definir um plano diretor para a iluminação e para a paisagem de toda cidade.
"Na Paulista, o objetivo é proporcionar uma iluminação mais contínua e eficiente ao longo de toda a avenida", diz Regina Monteiro, diretora da SP Urbanismo.
As alterações são uma reivindicação antiga da Associação Paulista Viva. Há pelo menos oito anos a entidade pede mais iluminação, especialmente nas calçadas.
"Hoje, a luz só chega à avenida. As calçadas são escuras, o que favorece a sensação de insegurança e a incidência de assaltos e de episódios de violência", diz Antônio Carlos Franchini Ribeiro, presidente da entidade.
A falta de segurança da via -que no último domingo viu um grupo de cinco adolescentes agredir quatro rapazes- é o principal ponto das reclamações recebidas pela associação.
Para melhorar a luminosidade das calçadas, o projeto prevê a diminuição da altura dos postes em cinco metros e a substituição das atuais lâmpadas de sódio, alaranjadas, por outras de vapor metálico, de coloração branca, com índice de iluminância mais alto -a exemplo do que foi feito no viaduto do Chá e na praça Ramos, no centro.
Segundo Regina Monteiro, a repaginação da Paulista vai servir como teste para mudanças em toda a cidade.
O primeiro passo será fazer um diagnóstico da situação atual, mapeando as luzes de ruas e avenidas. A partir desse levantamento, serão estabelecidas as diretrizes para o tamanho dos postes e a intensidade da luz.
"A ideia é organizar a iluminação e hierarquizar as referências da cidade", diz Regina, que pretende inserir essas regras em um plano diretor da paisagem.
Para a arquiteta Nadia Somekh, professora da faculdade de Arquitetura do Mackenzie e ex-presidente da Emurb, iluminação e paisagem deveriam ser pensadas dentro de um projeto mais amplo.
"Falta em São Paulo um projeto de adequação do espaço público como um todo, que inclua a manutenção das calçadas, por exemplo. Não podemos mais pensar de forma fragmentada."


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