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Av. Paulista terá nova iluminação em 2011
Projeto prevê postes mais baixos e uso de lâmpadas mais eficientes
Mudança é um pedido antigo de associação; prefeitura quer plano diretor para iluminação e paisagem na cidade
LETICIA DE CASTRO
DE SÃO PAULO
Calçadas mais iluminadas, postes mais baixos, lâmpadas mais econômicas. Esses são os principais pontos
do projeto da prefeitura que
pretende repaginar a iluminação da avenida Paulista.
A expectativa da SP Urbanismo, que aprovou neste
mês na Comissão de Proteção à Paisagem Urbana
(CPPU) o estudo apresentado
pelo Ilume (Departamento
de Iluminação Pública
da Prefeitura), é que a instalação comece no início do
próximo ano.
A mudança na avenida
mais famosa da cidade deve
ser apenas o piloto de um
projeto mais ambicioso da
prefeitura, que pretende definir um plano diretor para a
iluminação e para a paisagem de toda cidade.
"Na Paulista, o objetivo é
proporcionar uma iluminação mais contínua e eficiente
ao longo de toda a avenida",
diz Regina Monteiro, diretora
da SP Urbanismo.
As alterações são uma reivindicação antiga da Associação Paulista Viva. Há pelo
menos oito anos a entidade
pede mais iluminação, especialmente nas calçadas.
"Hoje, a luz só chega à avenida. As calçadas são escuras, o que favorece a sensação de insegurança e a incidência de assaltos e de episódios de violência", diz Antônio Carlos Franchini Ribeiro,
presidente da entidade.
A falta de segurança da via
-que no último domingo viu
um grupo de cinco adolescentes agredir quatro rapazes- é o principal ponto das
reclamações recebidas pela
associação.
Para melhorar a luminosidade das calçadas, o projeto
prevê a diminuição da altura
dos postes em cinco metros e
a substituição das atuais
lâmpadas de sódio, alaranjadas, por outras de vapor metálico, de coloração branca,
com índice de iluminância
mais alto -a exemplo do que
foi feito no viaduto do Chá e
na praça Ramos, no centro.
Segundo Regina Monteiro,
a repaginação da Paulista vai
servir como teste para mudanças em toda a cidade.
O primeiro passo será fazer
um diagnóstico da situação
atual, mapeando as luzes de
ruas e avenidas. A partir desse levantamento, serão estabelecidas as diretrizes para o
tamanho dos postes e a intensidade da luz.
"A ideia é organizar a iluminação e hierarquizar as referências da cidade", diz Regina, que pretende inserir essas regras em um plano diretor da paisagem.
Para a arquiteta Nadia Somekh, professora da faculdade de Arquitetura do Mackenzie e ex-presidente
da Emurb, iluminação e paisagem deveriam ser pensadas dentro de um projeto
mais amplo.
"Falta em São Paulo um
projeto de adequação do espaço público como um todo,
que inclua a manutenção das
calçadas, por exemplo. Não
podemos mais pensar de forma fragmentada."
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