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Shopping usa arma elétrica para reforçar a segurança
Pistola não letal dispara impulsos
elétricos e paralisa pessoa atingida
Objetivo da medida,
a ser adotada também
por um banco, é conter
possíveis agressões
nos estabelecimentos
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DE SÃO PAULO
Em meio à onda de roubos a joalherias de São Paulo, uma empresa de segurança passará a usar, nas
próximas semanas, uma novidade, já demonstrada na
TV, num dos poucos shoppings ainda não assaltados
e nas agências de um banco.
É uma arma de choque,
considerada não letal, largamente usada no seriado
"Lost", quando os Outros
imobilizavam os sobreviventes do voo 815 com descargas de eletricidade.
A arma usada agora em
São Paulo dispara impulsos
elétricos similares ao do sistema nervoso humano para
provocar uma paralisia
muscular temporária.
Ela combina uma alta voltagem de 50 mil volts, três
vezes a corrente elétrica dos
cabos de alta tensão, com
uma baixíssima amperagem, o que evita danos físicos a quem tomar o choque.
Conhecida como Taser, o
nome do fabricante americano, a arma imita o sistema
de uma pistola semiautomática e pode ser usada em
contato direto ou disparar
ganchos de anzol que grudam na pele e, ligados por
fios de cobre, criam um circuito elétrico no corpo.
"Quanto mais músculos
tocar, maior é o efeito. As
melhores regiões para atirar
são as costas e as pernas",
diz o coronel da reserva da
PM Antonio Carlos Biagioni,
instrutor da arma na empresa de segurança Gocil.
Para evitar aquela dorzinha maior, explica Biagioni,
convém evitar a região genital, o rosto e, nas mulheres,
os seios e os mamilos.
No treinamento, os próprios seguranças viram cobaias e levam o choque, na
pele e por disparo de dardos, para sentir os efeitos da
arma que vão manusear.
CONTROLE
A pistola elétrica custa
R$ 7.000 e, assim como as
armas de fogo, tem de ser registrada na Polícia Federal,
que, a rigor, deve controlar
também o estoque de munição. Como as balas, cada
dardo com fios de cobre só
pode ser disparado uma vez.
Agora, os seguranças do
interior de shoppings, que
hoje não andam armados,
poderão usar a pistola de
choque. Segundo a empresa
de segurança, o equipamento não será usado em roubos
com arma de fogo para evitar um confronto desigual.
O objetivo seria inibir os
ladrões e conter agressões
físicas. Até agora, não há registro de nenhum disparo
elétrico da Taser nas ruas.
No começo, 20 armas elétricas reforçarão a segurança
de shoppings e bancos.
FOLHA.com
Veja a demonstração da
arma de choque elétrico
folha.com/ct833332
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