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No Rio, escola modelo sofre com falta de espaço
Alunos de colégio na Urca usam instalações de universidades vizinhas; para diretora, corpo docente estável é diferencial
Outro colégio considerado exemplar, no interior paulista, é sede de um pólo avançado de matemática da Universidade de São Paulo
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA FOLHA RIBEIRÃO
Instalada em um prédio tombado pelo patrimônio histórico, a escola municipal Minas
Gerais, no Rio, possui dificuldades com espaço físico -não
tem quadra própria e conta
com instalações antigas. Mesmo assim, ela foi um dos colégios citados pela pesquisa do
Ministério da Educação e da
Unicef como um dos 33 exemplos de ensino público no país.
A diretora Regina Sthela Pedroso Páscoa afirma que não há
nenhum projeto espetacular
que distinga sua escola das demais. "Temos os mesmos problemas que há na rede. Mas
possuímos um corpo docente
que está aqui há muito tempo e
que se envolve", disse.
Ela própria é um exemplo.
Chegou na Minas Gerais em
1979 como professora e é diretora desde 1988.
A localização da escola, na
Urca (bairro de classe média do
Rio), ajuda a unidade, pois fica
perto de duas universidades
(Unirio e UFRJ) e quartéis.
Nessas instituições, os alunos
praticam esportes. E com as
universidades são feitas parcerias para o aperfeiçoamento
pedagógico -tanto dos alunos
quanto dos professores. "Não
há apenas um fato que explique
nosso desempenho. É um conjunto", disse Páscoa.
Corpo docente estável e parceria com universidade também estão presentes na escola
municipal Professor José Negri, em Sertãozinho (interior de
SP). A boa qualidade do ensino
ali faz com que famílias se mudam para perto do colégio, que
só aceita moradores locais.
Uma das explicações para o
interesse é que o colégio é sede
de um pólo avançado de matemática da USP. Além disso, há
cinco anos, o quadro de professores e funcionários não muda.
"Isso permite acompanhar
cada dificuldade dos alunos,
porque eles já se conhecem",
diz a diretora Inês Servidoni
Cabril, eleita educadora do ano
por um grupo empresarial.
Ceará
Na escola Maria Alacoque
Bezerra de Figueiredo, em Barbalha (CE), também tida como
exemplo, um painel feito de
embalagens é usado pelos alunos para aprender desde português, a partir do ditado com o
nome dos materiais, até matemática, com exercícios que trabalham quantidade e volume.
Em Tocantinópolis (TO), as
crianças da escola estadual XV
de Novembro interagem com a
comunidade por meio de um
projeto que promove passeios
dos alunos pela cidade.
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