São Paulo, quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

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No Rio, escola modelo sofre com falta de espaço

Alunos de colégio na Urca usam instalações de universidades vizinhas; para diretora, corpo docente estável é diferencial

Outro colégio considerado exemplar, no interior paulista, é sede de um pólo avançado de matemática da Universidade de São Paulo DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA FOLHA RIBEIRÃO

Instalada em um prédio tombado pelo patrimônio histórico, a escola municipal Minas Gerais, no Rio, possui dificuldades com espaço físico -não tem quadra própria e conta com instalações antigas. Mesmo assim, ela foi um dos colégios citados pela pesquisa do Ministério da Educação e da Unicef como um dos 33 exemplos de ensino público no país.
A diretora Regina Sthela Pedroso Páscoa afirma que não há nenhum projeto espetacular que distinga sua escola das demais. "Temos os mesmos problemas que há na rede. Mas possuímos um corpo docente que está aqui há muito tempo e que se envolve", disse.
Ela própria é um exemplo. Chegou na Minas Gerais em 1979 como professora e é diretora desde 1988.
A localização da escola, na Urca (bairro de classe média do Rio), ajuda a unidade, pois fica perto de duas universidades (Unirio e UFRJ) e quartéis. Nessas instituições, os alunos praticam esportes. E com as universidades são feitas parcerias para o aperfeiçoamento pedagógico -tanto dos alunos quanto dos professores. "Não há apenas um fato que explique nosso desempenho. É um conjunto", disse Páscoa.
Corpo docente estável e parceria com universidade também estão presentes na escola municipal Professor José Negri, em Sertãozinho (interior de SP). A boa qualidade do ensino ali faz com que famílias se mudam para perto do colégio, que só aceita moradores locais.
Uma das explicações para o interesse é que o colégio é sede de um pólo avançado de matemática da USP. Além disso, há cinco anos, o quadro de professores e funcionários não muda.
"Isso permite acompanhar cada dificuldade dos alunos, porque eles já se conhecem", diz a diretora Inês Servidoni Cabril, eleita educadora do ano por um grupo empresarial.

Ceará
Na escola Maria Alacoque Bezerra de Figueiredo, em Barbalha (CE), também tida como exemplo, um painel feito de embalagens é usado pelos alunos para aprender desde português, a partir do ditado com o nome dos materiais, até matemática, com exercícios que trabalham quantidade e volume.
Em Tocantinópolis (TO), as crianças da escola estadual XV de Novembro interagem com a comunidade por meio de um projeto que promove passeios dos alunos pela cidade.


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