DA SUCURSAL DO RIO

Por não confiar na própria polícia que comandava, o então secretário da Segurança Pública do Rio, Marcelo Itagiba, pediu à PF, no primeiro semestre de 2005, que abrisse inquérito para investigar o envolvimento do delegado Álvaro Lins, então chefe de Polícia Civil, com a máfia dos caça-níqueis.
O pedido resultou na recente acusação formal da PF e do Ministério Público Estadual contra Lins, deputado estadual recém-eleito pelo PMDB e acusado de chefiar grupo de policiais civis suspeitos de receber propina dos donos das máquinas.
Recém-eleito deputado federal também pelo PMDB, Itagiba disse ontem que decidiu pedir a investigação por temer vazamentos na Polícia Civil.
Até então, as investigações vinham sendo conduzidas de modo reservado pela Subsecretaria de Inteligência da Secretaria da Segurança. A origem foi uma carta anônima enviada ao gabinete de Itagiba com uma relação de nomes e apelidos de policiais que estariam a serviço dos bicheiros Fernando de Miranda Iggnácio Miranda e Rogério Andrade.
O Ministério Público Eleitoral do Rio recorreu ontem ao TSE para pedir a cassação da diplomação de Álvaro Lins.


Texto Anterior: Procuradoria diz que policiais receberam para prender bicheiro
Próximo Texto: Igreja faz mutirão de confissões até em shopping
Índice