DA REPORTAGEM LOCAL

Os dirigentes da Igreja Renascer em Cristo têm até as 15h de hoje para apresentar ao Ministério Público um plano de demolição das paredes que restaram da sede no Cambuci.
Essa demolição é necessária para a entrada dos peritos do IC (Instituto de Criminalística), já que o trabalho de investigação sobre as causas do acidente está suspenso por causa do risco de novos desabamentos.
De acordo com o IC, o prazo estimado para conclusão dessa investigação é de 30 dias, mas pode ser alterado conforme o desenvolvimento do trabalho.
O prazo para entrega do plano de demolição foi acordado numa reunião realizada na noite de ontem na sede da Promotoria entre a promotora Mabel Tucunduva (Habitação), representantes da igreja e pelo subprefeito da Sé, Amauri Luiz Pastorello. A demolição deve iniciar até amanhã.
Além do plano, a prefeitura também se comprometeu a apresentar até amanhã o processo de renovação do alvará de funcionamento. Esse documento foi fornecido pelo município em julho do ano passado e atestava as condições de segurança do edifício para reunião de até 1.837 pessoas.
A Promotoria investiga se os papéis apresentados para renovação do documento contêm informações falsas. O diretor do Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóveis), Vagner Monfardini Pasotti, será intimado para depor.
Além do Ministério Público, a Polícia Civil também investiga o assunto. Foram ouvidas até agora dez testemunhas sobre o acidente -entre elas vítimas ou parentes de mortas.
Uma dessas testemunhas, que não teve o nome revelado, disse aos policiais que as goteiras no teto do edifício eram constantes nos cultos e afirmou que no dia em que o teto desabou também foi molhada pelas goteiras. Ela disse que estava sentada na primeira fila de cadeiras, exatamente abaixo do ponto onde o teto começou a desabar no domingo.


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