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Igreja acusa Promotoria de preconceito
DA REPORTAGEM LOCAL
A Igreja Renascer acusou ontem o Ministério
Público de ter agido com
"preconceito religioso" ao
afirmar que vai exigir que
a Prefeitura de São Paulo
investigue seus 99 templos em São Paulo.
"Não nos parece nem ao
menos razoável usar esse
momento tão grave para
incentivar o preconceito
religioso ou associar a acusações que nada têm a ver
com tão lastimável acidente", afirmou ontem a Renascer, por meio de nota.
Segundo a igreja, a iniciativa de investigação deve ser estendida a templos
de qualquer religião, não
só aos evangélicos.
Procurada, a Promotoria disse que não iria se
manifestar. A assessoria
lembrou que, embora a investigação esteja prevista
apenas para os templos da
Renascer, poderá ser estendida a outros locais.
Anteontem, os promotores Mabel Tucunduva
(Habitação) e Ricardo Antonio Andreucci (Criminal) disseram que vão exigir a vistoria nas 99 unidades Renascer na cidade de
São Paulo para análise da
segurança dos prédios.
A Promotoria também
prometeu investigar os
laudos utilizados desde
1998 pela igreja para a liberação do templo do
Cambuci, onde ocorreu o
desabamento no último
domingo.
Imprensa
A igreja também diz estar sendo vítima de preconceito por parte de veículos de comunicação que,
segundo sua assessoria de
imprensa, procuram propositalmente, em frente
ao templo do Cambuci
(zona sul), pessoas católicas dispostas a dar entrevista sobre o desastre.
A assessoria da Renascer não especificou quais
veículos teriam agido dessa forma.
No domingo, durante a
cobertura da tragédia, jornalistas chegaram a ser
agredidos por fiéis da Renascer, que se desculpou
pelos incidentes.
(RICARDO SANGIOVANNI)
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