São Paulo, quinta, 21 de janeiro de 1999

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VIOLÊNCIA
Segundo a polícia suíça, eles teriam planejado o rapto de advogado
PF localiza em SP 3 suíços acusados de sequestro

e das agências internacionais

Três suíços acusados de sequestrar um advogado em Lausanne, na Suíça, foram localizados no último final de semana em São Paulo pela Polícia Federal.
Pascal René Schumacher, Katia Claude Pastori e Christian Pidoux são acusados pela polícia suíça de planejar o sequestro do advogado Stephane Lagonico, ocorrido no final do ano passado.
Segundo a polícia suíça, Lagonico foi sequestrado no dia 21 de dezembro. O advogado, que é filho de um armador grego, foi libertado dois dias depois.
A polícia informou que sua família pagou um resgate de US$ 370 mil. Inicialmente, os sequestradores haviam pedido US$ 3,7 milhões. Ainda segundo a polícia suíça, oito pessoas foram presas durante as investigações do caso. Katia, Schumacher e Pidoux, no entanto, conseguiram fugir com parte do dinheiro.
Os três acusados não quiseram dar declarações à imprensa.
Segundo a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, os três chegaram ao Brasil durante o Natal. A polícia brasileira foi acionada pela Interpol (polícia internacional), que tinha informações de que o trio estava no Rio de Janeiro.
Diante das informações e das fotos passadas pela Interpol, a PF montou uma operação que envolveu agentes de Brasília, do Rio e de São Paulo. A ação foi apelidada de "Operação Fondue".
Segundo a PF, os suíços teriam passado as festas de final de ano em Búzios e na cidade do Rio e depois seguiram para São Paulo, onde foram localizados em um apartamento alugado no centro da cidade.
Como não havia mandado de prisão expedido contra os três no Brasil, eles não chegaram, tecnicamente, a ser presos.
Segundo a PF, a embaixada suíça no Brasil chegou a elaborar uma solicitação de mandado de prisão preventiva e pediu a abertura de processo de extradição. No entanto, o processo não precisou ser formalizado, pois, de acordo com a polícia, os três suíços aceitaram o repatriamento voluntário.
Se não aceitassem voltar, os três corriam o risco de ser presos. Dessa forma, eles teriam que aguardar a tramitação do processo de extradição em uma prisão brasileira.
Os acusados deixaram o Brasil anteontem. Eles foram escoltados por quatro agentes federais até Genebra. De lá, o grupo seguiria para Berna, onde seria preso.



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