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Paraisópolis terá pacote com 80 ações sociais
Programa inclui áreas como saúde e educação
LUIS KAWAGUTI
DA REPORTAGEM LOCAL
A gestão José Serra (PSDB)
anunciou ontem um conjunto
de medidas para a favela de Paraisópolis, localizada na divisa
entre as zonas sul e oeste de São
Paulo. O pacote inclui ações nas
áreas de segurança, saúde, educação, cultura, esportes e assistência social.
Estão entre os pontos a iluminação pública de áreas vulneráveis na favela, a construção
de uma base da PM, uma unidade básica de saúde e uma creche, além de programas de geração de renda e qualificação
profissional.
O programa Virada Social foi
anunciado 18 dias depois de
moradores enfrentarem a Polícia Militar por ao menos cinco
horas, fazendo barricadas e ferindo três policiais a tiros.
O confronto foi considerado
uma reação de moradores a
uma ação da PM no dia 1º de fevereiro, que terminou com a
morte de um suspeito e a prisão
de outro.
Verba e prazo
O governo não divulgou
quanto será gasto com os projetos, alegando que cada secretaria empenhará uma verba específica para a região.
Também não foi definido um
prazo final para a implementação das medidas -sabe-se apenas que elas devem durar entre
três e quatro anos e deixar benefícios permanentes para a favela paulistana.
Ao todo, foram apresentadas
69 de um total de 80 ações que
devem ser implementadas.
Segundo o secretário de Assistência e Desenvolvimento
Social, Rogério Amato, a ação
não acontece apenas como resultado do confronto, pois Paraisópolis já era estudada como
uma possível candidata a receber a Virada Social. Segundo
ele, como a região foi ocupada
por tropas no início do mês, o
governo aproveitou para iniciar
o programa. "Foi uma infeliz
oportunidade", disse.
"Se isso sair do papel, vai ser
muito bom. Aqui faltam muitos
lugares de lazer para as crianças e para os jovens, que por
não ter o que fazer vão para a vida "mais fácil'", disse a moradora Diana Nunes Ribeiro.
Segundo o padre Luciano
Borges Basílio, líder comunitário, as mudanças serão boas se
forem permanentes. "Principalmente a criação de um conselho de direitos humanos, que
foi prometida", disse.
Virada Social
O programa Virada Social já
havia sido implantado no Jardim Elisa Maria, na zona norte,
e no Jardim Rio Claro, em São
Mateus, na zona leste.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, no Jardim Elisa Maria o número de homicídios caiu de 30 para 11 em um
período de 12 meses e os índices de criminalidade caíram em
média 30%.
Veja a lista completa com as 69 ações previstas para Paraisópolis em
www.folha.com.br/090511
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