São Paulo, domingo, 21 de fevereiro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

GIULIANO MONTINI (1932-2010)

Perfeccionista ao piano e premiado como melhor solista

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Aos 15 anos, o italiano Giuliano Montini desembarcou no Brasil já pianista. Na Roma em que morava com a família, havia começado ainda criança a aprender o instrumento.
Uma vez no Rio, teve aulas com a professora Magda Tagliaferro, mas aos 18 voltou à Europa para completar seus estudos. Passou por Paris e acabou formado pela Academia de Música de Viena. No período, conheceu a mulher, a austríaca Martha.
Fez vários concertos e recitais pela Europa, estudou mais um tempo na Suíça e retornou, casado, ao Brasil.
Esporadicamente, deu algumas aulas, mas dedicou-se mesmo à música de câmara, como conta a mulher.
Vencedor de dois prêmios da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) como melhor solista do ano, Giuliano era um pianista perfeccionista, que gostava de trabalhar detalhes, de acordo com a professora de violino e concertista Elisa Fukuda.
Com ela, Giuliano mantinha um duo há 18 anos -há três anos, eles gravaram um CD. Com mais um músico, ambos formaram o Trio Dell'Arte, que fez dois discos.
A amiga diz que o pianista -apaixonado por Brahms e pelo russo Rachmaninov- possuía um lado aberto e alegre; ao mesmo tempo, comportava-se com rigorosa seriedade em seu trabalho.
Era um músico de corpo e alma, como o define sua mulher.
Na quinta, ensaiaria com Elisa, mas, na quarta, sofreu um acidente de carro em SP e morreu, aos 77. Deixa viúva, dois filhos e dois netos.

coluna.obituario@uol.com.br


Texto Anterior: Mortes
Próximo Texto: Depois de rampa em São Paulo, Rio cria a pedra antimendigo
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.