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GIULIANO MONTINI (1932-2010)
Perfeccionista ao piano e premiado como melhor solista
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Aos 15 anos, o italiano Giuliano Montini desembarcou
no Brasil já pianista. Na Roma
em que morava com a família,
havia começado ainda criança
a aprender o instrumento.
Uma vez no Rio, teve aulas
com a professora Magda Tagliaferro, mas aos 18 voltou à
Europa para completar seus
estudos. Passou por Paris e
acabou formado pela Academia de Música de Viena.
No período, conheceu a
mulher, a austríaca Martha.
Fez vários concertos e recitais
pela Europa, estudou mais
um tempo na Suíça e retornou, casado, ao Brasil.
Esporadicamente, deu algumas aulas, mas dedicou-se
mesmo à música de câmara,
como conta a mulher.
Vencedor de dois prêmios
da APCA (Associação Paulista
dos Críticos de Arte) como
melhor solista do ano, Giuliano era um pianista perfeccionista, que gostava de trabalhar detalhes, de acordo com a
professora de violino e concertista Elisa Fukuda.
Com ela, Giuliano mantinha um duo há 18 anos -há
três anos, eles gravaram um
CD. Com mais um músico,
ambos formaram o Trio Dell'Arte, que fez dois discos.
A amiga diz que o pianista
-apaixonado por Brahms e
pelo russo Rachmaninov-
possuía um lado aberto e alegre; ao mesmo tempo, comportava-se com rigorosa seriedade em seu trabalho.
Era
um músico de corpo e alma,
como o define sua mulher.
Na quinta, ensaiaria com
Elisa, mas, na quarta, sofreu
um acidente de carro em SP e
morreu, aos 77. Deixa viúva,
dois filhos e dois netos.
coluna.obituario@uol.com.br
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