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VIOLÊNCIA
Para a Secretaria da Segurança, houve 753 assassinatos em janeiro
Homicídio doloso bate recorde histórico na Grande São Paulo
CRISPIM ALVES
da Reportagem Local
Os casos de homicídios dolosos,
quando há intenção de matar, explodiram no último mês de janeiro e bateram o recorde histórico
na Grande São Paulo.
Balanço divulgado ontem pela
Secretaria da Segurança Pública
revela que 753 pessoas foram assassinadas na região metropolitana de São Paulo no mês passado.
Nunca foram registrados tantos
homicídios em um único mês. O
recorde anterior pertencia a março de 96 (719 casos).
O número de homicídios na
Grande São Paulo em janeiro deste
ano é 23% maior que o registrado
no mesmo período do ano passado, quando houve 612 casos. Na
capital, o aumento foi de 14,6%
(447 assassinatos no último mês
contra 390 em janeiro de 97).
Coincidentemente, no mesmo
período foi registrada uma explosão no número de chacinas. Segundo dados do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à
Pessoa), em janeiro do ano passado aconteceram quatro chacinas,
que resultaram em 12 mortes, na
Grande São Paulo. Nenhum caso
foi registrado na capital.
Em janeiro deste ano a situação
foi bastante diferente. A polícia registrou cinco chacinas na capital
(15 mortos) e sete na Grande São
Paulo (24 mortos).
Além do recorde de homicídios,
todos os outros índices de criminalidade (furtos, roubos e furtos e
roubos de veículos) aumentaram.
Em janeiro deste ano, ocorreram
7.435 roubos na cidade de São
Paulo -33,8% a mais que no mesmo período do ano passado (5.555
casos). Na Grande São Paulo, o
crescimento foi de 34,9% (9.900
roubos no último mês contra
7.340 em janeiro de 97).
O secretário da Segurança Pública, José Afonso da Silva, culpou a
crise econômica pelo aumento da
criminalidade. "A questão da segurança pública não é só um problema da polícia. A polícia pode
contribuir para não deixar as coisas ficarem piores. No entanto, é
difícil mudar essa situação enquanto tivermos uma política de
desemprego e a falta de uma política de intervenção urbana nas
áreas carentes da cidade."
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