free-lance para a Folha

Um policial morreu anteontem no Rio durante um treinamento de resgate que era filmado pela Rede Globo para um "Globo Repórter" sobre profissões perigosas.
A CGOA (Coordenadoria Geral de Operações Aéreas) informou que a simulação de resgate realizada anteontem em São Conrado (zona sul), que resultou na morte do policial Flávio Martins Molina, 41, fazia parte de um treinamento de rotina e não de uma operação feita com exclusividade para gravações da Globo.
Molina foi um dos policiais que participaram da operação de resgate do vice-cônsul e das filhas do embaixador e do cônsul-geral da Rússia, na floresta da Tijuca na última quarta, dia anterior ao acidente que provocou sua morte.
O policial era um dos mais experientes e especializados em resgate aéreo da polícia carioca, com cursos feitos nos Estados Unidos, França e Israel. Molina trabalhava no setor de recursos especiais da Polícia Civil.
O diretor de operações da CGOA, Antônio Graça, disse que o treinamento estava sendo feito desde segunda-feira e não acredita que o acidente tenha ocorrido por um nervosismo do policial decorrente das gravações.
Na operação, Molina pretendia descer do helicóptero até a cobertura de um edifício para simular um resgate em caso de incêndio. Pela corda, conhecida como "rapel", ele deveria ter controlado a velocidade da descida, o que não aconteceu. Em vez de descer na cobertura, Molina bateu na estrutura do edifício e caiu de uma altura de 55 metros.
A CGOA informou que o equipamento manual utilizado por Molina é o adequado para aquela situação de resgate, quando a operação precisa de rapidez. O motivo do acidente ainda é desconhecido. A Polícia Civil fará uma perícia no equipamento usado pelo policial.
A Rede Globo informou que inicialmente pretendia filmar uma operação de resgate real, mas a Polícia Civil só teria autorizado a gravação de um treinamento.



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