São Paulo, segunda-feira, 21 de março de 2011

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OUTRO LADO

Companhias afirmam que cumprem a lei

DE SÃO PAULO

As empresas aéreas brasileiras afirmam cumprir a lei quanto ao atendimento em caso de cancelamentos, atrasos e overbooking (venda de passagens além da capacidade do avião).
Todas se referem a resolução de 2010 da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) que prevê reacomodação, reembolso e endosso do bilhete, além de multas.
A regra, porém, não prevê indenização -para tal, os passageiros devem recorrer aos juizados especiais cíveis.
Empresa que mais faltou ao juizado, a Webjet disse que segue "rigorosamente" a resolução da Anac.
O índice de satisfação é de 90%, diz a empresa.
A orientação da Gol, segundo a assessoria de imprensa da companhia, é sempre enviar um representante às audiências. A empresa disse que vai apurar por que isso não ocorreu em 13 de janeiro, em Guarulhos.
A TAM diz estar "sempre empenhada em prestar o melhor serviço" e que segue a lei. Em 5 de março, o juizado de Congonhas registrou 23 reclamações contra a empresa; em ao menos 19 delas, nenhum representante da empresa compareceu.
A empresa diz que seus números são diferentes dos apresentados. E que esteve nas audiências do dia 5.
O Snea (sindicato das empresas aéreas) relativizou a ausência das companhias ao juizado. Baseada em dados de 2010, a entidade diz que as queixas chegam no máximo a 0,02% do total de passageiros transportados no país.
"Foram 155 milhões [total de passageiros em 2010 no Brasil] de oportunidades de reclamações e 35 mil queixas", informou o sindicato.
Nesse cenário, criticar as empresas aéreas é "olhar o copo vazio, não o copo cheio", disse o Snea.
Entidade que representa as companhias internacionais no Brasil, a Jurcaib disse que as empresas, "em geral", comparecem às audiências.
Falta, contudo, pessoal no aeroporto durante todo o dia. "Algumas dispõem de um ou dois voo diários. Há um período no qual não há disponibilidade de ninguém para comparecer à audiência, o que definitivamente não implica falta de interesse em comparecer por parte da empresa", disse Robson Bortolossi, presidente da Jurcaib.
O mesmo ocorre, diz, se a audiência ocorre quando os funcionários estão envolvidos em algum voo.


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