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Vereadores apresentam projetos bizarros
em São Paulo
A criatividade dos vereadores de
São Paulo na elaboração de projetos de lei não tem limites. Eles querem exigir o uso máscaras em restaurantes, equipar carrinhos de
supermercados com freio e amortecedores e proibir o uso de "bichinhos virtuais" nas escolas.
O mais folclórico deles é José Izar
(PFL). Ele quer autorizar as administrações regionais a transferir os
camelôs das calçadas para o "leito
carroçável" das ruas. Também
quer que as empresas multinacionais hasteiem a bandeira nacional
nas datas comemorativas.
O vereador José Viviani Ferraz
(PL) apresentou projeto de lei para
tornar obrigatória a instalação de
dispositivos que permitam a abertura de porta-malas por dentro.
A justificativa do projeto é dramática: "Com o recrudescimento
da onda de violência, o porta-malas de seus veículos vem se tornando o cárcere dessas indefesas vítimas. Aprisionado nesse ambiente
escuro e sufocante, à vítima só resta rezar".
Dezenas de projetos que criam
dias comemorativos já foram
transformados em leis. O "Dia do
Fusca", o "Dia do Karaokê", o "Dia
da Refrigeração" e o "Dia dos Empregados em Edifícios" já podem
ser comemorados em São Paulo.
Um projeto macabro criou a
"Corrida Nova República", que
deverá ser realizada no trajeto do
Instituto do Coração ao aeroporto
de Congonhas, o mesmo feito pelo
cortejo fúnebre do presidente Tancredo Neves.
A denominação de ruas e praças
já originou 800 projetos nesta legislatura, sendo 205 deles do vereador Antônio Paiva (PFL).
A idéia de colocar freios nos carrinhos de supermercado é do ex-vereador e atual deputado estadual
Hanna Garib, envolvido em denúncias de corrupção.
Outro vereador envolvido nas
denuncias, Vicente Viscome (expulso do PPB), é o autor de uma lei
que permite que a prefeitura multe
as pessoas que cometam erro de
português em faixas e cartazes.
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