|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Crescimento pode variar até cem vezes entre cidades
da Reportagem Local
A intensidade do impacto da
Unesp sobre a economia municipal pode variar até cem vezes entre
uma cidade e outra. Ela depende
do tamanho do município e do tipo de curso que funciona em cada
unidade.
Em São José dos Campos, por
exemplo, a influência econômica
do campus da Unesp é mínima: o
total de recursos canalizados pela
universidade corresponde a apenas 2,6% da receita total arrecadada pelo município.
Isso se deve a dois motivos principais. Além de ser o sétimo município mais populoso do Estado,
São José é um dos principais pólos
industriais paulistas, o que lhe proporciona uma grande receita de
impostos.
E a Unesp só mantém um curso
na cidade - odontologia, com 209
alunos de graduação.
O caso oposto é o de Botucatu. O
impacto financeiro da Unesp na cidade é equivalente a 263% da receita municipal. Ou seja, a universidade injeta 1,6 vez mais recursos
do que a prefeitura.
Isso se explica pelo fato de a cidade ser relativamente menor (é o
56º município paulista, com 105
mil habitantes, contra 506 mil de
São José) e pela Unesp manter na
cidade um curso de medicina, que
requer mais recursos, e 1.773 alunos de graduação.
Entre um extremo e outro, o impacto econômico da universidade
sobre as outras 12 cidades onde a
Unesp mantém unidades (além da
capital) varia de 98,7% sobre a receita municipal, como em Jaboticabal, a 8,6%, como em Franca.
Mais uma vez, o tamanho da cidade faz diferença. Jaboticabal é o
88º município paulista em população, enquanto Franca é o 20º.
Apesar de a unidade da Unesp
em Jaboticabal ter até menos alunos do que a de Franca (910 contra
1.052), acaba recebendo quase
quatro vezes mais recursos porque
oferece um curso, de agronomia,
que demanda mais gastos.
O campus de Araraquara também tem um grande impacto sobre
a cidade: ele representa 71,8% da
receita municipal, ou R$ 50 milhões por ano.
(JRT)
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|