São Paulo, quarta-feira, 21 de abril de 2004

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Desde 2001, 64 já foram mortos no presídio

DA AGÊNCIA FOLHA

Os problemas no Urso Branco começaram antes da construção. A ONG Justiça Global e a CJP (Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Porto Velho) denunciaram as más condições do presídio para a OEA (Organização dos Estados Americanos).
Desde maio de 2001, 64 detentos foram mortos. A contagem não inclui a rebelião atual.
Segundo o estudo, o terreno é arenoso e facilita a escavação de túneis para fugas. Os materiais usados na obra seriam precários. Em 1995, inacabado, o local recebeu presos que superlotavam a penitenciária Ênio Pinheiro. Em novembro de 2000, um motim destruiu metade do prédio.
Casos de presos que cumpriram a pena seriam comuns devido à destruição de arquivos nesse motim. "Já cumpri minha pena duas vezes", disse, por celular, um interno que não quis se identificar.
Hoje cerca de 1.300 presos estão no prédio, que tem 350 vagas. Segundo a Justiça Global, faltam água, luz e tratamento médico.
Mais de 60% dos detentos, cumprem pena por tráfico. Presos provisórios convivem com condenados por crimes graves.


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