São Paulo, sábado, 21 de abril de 2007

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Entidade nega irregularidade em documento

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da Reação Positiva, Mario Cabral, disso que o atestado da Prodam trata de uma ação voluntária realizada pelo grupo que hoje compõe a ONG em parceria com a empresa municipal. Segundo ele, a ONG existe oficiosamente desde 2001 ""como grupo"
""Não houve contratação de prestação de serviços, e sim ação voluntária. Esse grupo também desenvolveu outras ações, realizando formação de multiplicadores como agentes de educação ambiental na cidade de São Paulo", disse.
A Folha enviou ao ex-coordenador da Prodam Renato Gomes Leitão Travassos a cópia do atestado que ele forneceu à Reação Positiva. Também questionou a validade do papel, negada pela própria Prodam, mas ele não se manifestou.
A Secretaria Municipal do Trabalho afirmou que a comissão de licitação responsável pela primeira fase do Capacita Sampa não encontrou ""vícios" à época e considerou que os atestados de capacitação estavam ""condizentes com o objeto do edital". Afirmou também que nenhuma das ONGs que disputaram a licitação interpôs recursos contra os atestados.
O ex-secretário do Trabalho Gilmar Viana da Conceição, que assinou os contratos, disse que não acompanhou o processo de perto, mas, confrontado com as irregularidades, disse que ""faltou atenção" da comissão na análise dos papéis.
O então presidente da comissão de licitação e atual secretário-adjunto do Trabalho, Carlos Alexandre Nascimento, refuta a afirmação feita pelo ex-chefe sobre falta de atenção, e também divide a responsabilidade por eventuais falhas. "Você pode ter certeza que não houve desatenção. Passou pela mão de várias pessoas."
""Eu, como presidente, não fico analisando documento por documento. Por isso, a comissão tem vários membros", complementou o secretário.
Nascimento diz ainda que nenhuma entidade questionou os atestados das concorrentes. A Régua e Compasso, que apresentou atestados emitidos por motéis, procurada por telefone e por escrito, não se pronunciou a respeito.
O presidente do Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC), Wilson Bianchi, um dos fundadores da Régua e Compasso, defendeu a lisura dos atestados que o sindicato apresentou à prefeitura.
""Tudo indica que sim [que os atestados são válidos]. Se não fossem suficientes, seriam impugnados pela comissão licitatória ou pelas concorrentes."


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