São Paulo, terça-feira, 21 de abril de 2009

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Irmão diz que pena foi perfeita e que agora pode seguir em frente

MATHEUS MAGENTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA ONLINE

"Agora eu posso seguir em frente." A frase é do irmão mais novo da brasileira que relatou à Justiça dos EUA ter sido abusada sexualmente pelo pai por duas décadas.
"Eu acho que o tempo que eles deram para ele foi perfeito. É uma parte da nossa vida que a gente pode encerrar agora e continuar a vida, porque nós sabemos que ele não vai sair", disse ontem em entrevista por telefone, de Palm Dale (Califórnia), ao comentar a condenação do pai a 109 anos de prisão.
O rapaz, de 27 anos, contou que estava ao lado da irmã quando soube da condenação. "Nos abraçamos, choramos. Ela estava contente que ele ia embora e, ao mesmo tempo, triste por tudo o que passara."
O rapaz disse que fugiu de casa em 2001 porque "apanhava muito", com fios elétricos e socos. "Eu sabia dos abusos e também apanhei, mas não podia fazer nada. Sentia-me impotente", afirmou.
Logo após sair de casa, o rapaz morou um tempo na rua e ficou preso por seis meses após assaltar uma pessoa e levar US$ 400 (cerca de R$ 890). Ao sair da prisão, em 2003, conheceu uma americana, teve um filho e conseguiu um emprego como vendedor.
"Minha mulher sempre me perguntava onde estavam o meu pai e a minha mãe, mas eu falava que eles estavam mortos, eu tinha vergonha de falar tudo", disse o rapaz. "Ele sempre estava bêbado ou drogado", afirma.


Leia a entrevista completa

www.folha.com.br/091104



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