DO ENVIADO ESPECIAL

A ONG (organização não-governamental) Reciclar-T3 está negociando a sua transferência de Belo Horizonte para São Paulo.
"Em Minas, não encontramos apoio nem do governo nem da iniciativa privada", afirma Flávio Castor, diretor de planejamento da ONG.
Em São Paulo, a Reciclar-T3 está negociando uma parceria com a Ecofuturo, entidade criada em dezembro passado pela Suzano, a maior produtora nacional de papel e celulose.
O plano da Reciclar-T3 é montar uma escola de design feita com recicláveis, similar àquela que funcionou em Nova Lima, na Grande Belo Horizonte. Um dos objetivos da escola é gerar renda para famílias pobres.
Cristine Fontelles, que integra o comitê gestor da Ecofuturo, diz ter interesse em duas características do projeto: "A Reciclar-T3 tem uma pesquisa inovadora de reaproveitamento do lixo e oferece a possibilidade de produzir objetos em grande escala."
Se der certo o plano de mudar para São Paulo, Águida Zanol, presidente da Reciclar-T3, quer continuar um único projeto em Minas: o Carnaval "social e ecológico" feito por integrantes da Associação dos Catadores de Papel de Belo Horizonte.
Desde 1993, catadores de sucata e de recicláveis de Belo Horizonte desfilam no Carnaval com fantasias feitas com a matéria-prima que pegaram nas ruas. As fantasias são criadas pelos próprios catadores em oficinas coordenadas por Águida.


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