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BAHIA
Petista deu R$ 7 mi à associação para investir em saúde
Prefeito é acusado de repasses ilegais para entidade privada
MANUELA MARTINEZ
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
O prefeito de Itabuna (469 km
ao sul de Salvador), Geraldo Simões (PT), foi acusado pelo Ministério Público de efetuar repasses ilegais no total de R$ 7 milhões
para a Aias (Associação Itabunense de Apoio à Saúde).
Amigo do presidente há mais de
20 anos, Simões tem repassado
cerca de R$ 500 mil por mês à associação, segundo o procurador
Marcio Fahel, que assina a ação
civil pública contra o município,
já encaminhada à Justiça, e que
ingressou com uma ação penal
contra o prefeito pelo crime de
responsabilidade pelos danos
causados ao erário.
Criada em novembro de 2001, a
entidade começou a receber a verba pública em fevereiro do ano
passado. Segundo Fahel, a irregularidade está no fato de uma entidade privada, sem fins lucrativos,
gerir recursos do governo. Isso só
seria possível se a empresa estivesse qualificada como Osip (Organização de Sociedade Civil de
Interesse Público). "A prefeitura
informou que existia uma parceria com uma Osip, o que não é
verdade", disse.
Procurado pela Folha, Geraldo
Simões disse que o modelo de
contratação, por meio de organizações não-governamentais, é sugerido e recomendado pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério da Justiça.
Simões afirmou ainda que, apesar de não ter recebido nenhuma
notificação da Justiça sobre o caso, irá entrar com um pedido de
auditoria no Ministério da Saúde,
para que a Aias seja investigada.
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