São Paulo, sexta-feira, 21 de maio de 2004

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No Rio, traficantes matam homem e obrigam taxista a transportar corpo

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Três ações criminosas na madrugada de ontem deixaram oito mortos no Rio, incluindo um policial civil. Na zona sul, o taxista Nelson Carneiro Mota viveu momentos de terror ao ser obrigado por traficantes de uma favela a transportar um cadáver no porta-malas de seu carro.
Em depoimento na 9ª Delegacia de Polícia, no Catete (zona sul da cidade), Mota contou que foi abordado por uma mulher, por volta das 4h30, que pediu para ir até o alto do morro Azul, no Flamengo, também na zona sul.
Ao chegar ao morro, Mota foi abordado por cerca de 20 homens armados, que o obrigaram a abrir o porta-malas do carro e puseram um homem ainda vivo. Os traficantes deram mais dois tiros na vítima e ordenaram a Mota que descesse com o corpo.
Ao avistar uma cabine da Polícia Militar, o taxista avisou os policiais de plantão, que o levaram até a delegacia e acionaram o 2º BPM (Batalhão de Polícia Militar), em Botafogo. Os policiais subiram a favela, mas ninguém foi encontrado. A vítima não foi identificada.
No Méier (zona norte), o inspetor Júlio César Garcia Felício, 41, conversava com um amigo na rua quando foi abordado por dois homens numa moto, que anunciaram o assalto. Felício, que trabalhava na Divisão de Fiscalização de Armas e Explosivos (DFAE), tentou reagir e foi atingido por sete tiros. Levado para o hospital, ele não resistiu aos ferimentos. Os criminosos fugiram levando a pistola do policial.
Em Campo Grande, na zona oeste da cidade, policiais encontraram seis corpos numa ribanceira da Serra do Mendanha. De acordo com policiais da 35ª DP, onde o caso foi registrado, todas as vítimas foram mortas com tiros na cabeça. O Instituto Médico Legal tentará identificá-las.


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