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No Rio, traficantes matam homem e
obrigam taxista a transportar corpo
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Três ações criminosas na madrugada de ontem deixaram oito
mortos no Rio, incluindo um policial civil. Na zona sul, o taxista
Nelson Carneiro Mota viveu momentos de terror ao ser obrigado
por traficantes de uma favela a
transportar um cadáver no porta-malas de seu carro.
Em depoimento na 9ª Delegacia
de Polícia, no Catete (zona sul da
cidade), Mota contou que foi
abordado por uma mulher, por
volta das 4h30, que pediu para ir
até o alto do morro Azul, no Flamengo, também na zona sul.
Ao chegar ao morro, Mota foi
abordado por cerca de 20 homens
armados, que o obrigaram a abrir
o porta-malas do carro e puseram
um homem ainda vivo. Os traficantes deram mais dois tiros na
vítima e ordenaram a Mota que
descesse com o corpo.
Ao avistar uma cabine da Polícia Militar, o taxista avisou os policiais de plantão, que o levaram
até a delegacia e acionaram o 2º
BPM (Batalhão de Polícia Militar), em Botafogo. Os policiais subiram a favela, mas ninguém foi
encontrado. A vítima não foi
identificada.
No Méier (zona norte), o inspetor Júlio César Garcia Felício, 41,
conversava com um amigo na rua
quando foi abordado por dois homens numa moto, que anunciaram o assalto. Felício, que trabalhava na Divisão de Fiscalização
de Armas e Explosivos (DFAE),
tentou reagir e foi atingido por sete tiros. Levado para o hospital,
ele não resistiu aos ferimentos. Os
criminosos fugiram levando a
pistola do policial.
Em Campo Grande, na zona
oeste da cidade, policiais encontraram seis corpos numa ribanceira da Serra do Mendanha. De
acordo com policiais da 35ª DP,
onde o caso foi registrado, todas
as vítimas foram mortas com tiros
na cabeça. O Instituto Médico Legal tentará identificá-las.
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