São Paulo, domingo, 21 de maio de 2006

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Para secretaria, mortes foram em confronto

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública, os três homens morreram após um tiroteio que aconteceu no início da madrugada de quinta-feira na Favela dos Pilões, Ipiranga.
Momentos antes, de acordo com o 17º DP, uma patrulha que passava pela região fora acionada pelo Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), para apurar denúncia de que um grupo armado pretendia atacar o 95º DP, localizado ao lado da favela.
Os policiais chamaram reforço de outros carros e, ao chegar ao local, conforme sua versão, foram recebidos a tiros de AR-15. Houve revide. O suspeito foi atingido durante o tiroteio, informou a polícia.
A poucas ruas dali, em outra troca de tiros com a PM, um segundo rapaz foi baleado. O terceiro rapaz teria sido encontrado morto em uma viela, em situação a ser esclarecida, de acordo com os policiais. As armas foram levadas para análise no Instituto de Criminalística.
Segundo a Secretaria da Segurança, no barraco de onde saíram os agressores, foram encontrados: maconha, granada do tipo militar com a inscrição "P.C.C." escrita a tinta, artefato de plástico explosivo (aparentando ser outra granada), uma carabina, três rádios comunicadores, três pistolas, três revólveres e um fuzil com dois carregadores. Apesar do poderio bélico dos supostos criminosos, nenhum policial saiu ferido.
Os três rapazes foram levados para o Hospital Heliópolis no início da madrugada, onde foram a óbito. A Folha pediu à Secretaria de Saúde informações sobre o estado dos corpos no momento em que chegaram ao hospital. Obteve apenas a resposta de que eles deram entrada como "não-identificados".
A assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública disse "não achar conveniente" fazer afirmações sobre os antecedentes criminais dos mortos.
Sobre os moradores afirmarem que os rapazes estavam desarmados quando foram mortos, a secretaria disse que a população deve denunciar o fato à Ouvidoria da Polícia. Também disse que os moradores devem denunciar à Ouvidoria supostos abusos cometidos pela polícia. (RAQUEL COZER)


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