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Para secretaria, mortes foram em confronto
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Segundo a assessoria de
imprensa da Secretaria da
Segurança Pública, os três
homens morreram após
um tiroteio que aconteceu
no início da madrugada de
quinta-feira na Favela dos
Pilões, Ipiranga.
Momentos antes, de
acordo com o 17º DP, uma
patrulha que passava pela
região fora acionada pelo
Centro de Operações da
Polícia Militar (Copom),
para apurar denúncia de
que um grupo armado pretendia atacar o 95º DP, localizado ao lado da favela.
Os policiais chamaram
reforço de outros carros e,
ao chegar ao local, conforme sua versão, foram recebidos a tiros de AR-15.
Houve revide. O suspeito
foi atingido durante o tiroteio, informou a polícia.
A poucas ruas dali, em
outra troca de tiros com a
PM, um segundo rapaz foi
baleado. O terceiro rapaz
teria sido encontrado
morto em uma viela, em
situação a ser esclarecida,
de acordo com os policiais.
As armas foram levadas
para análise no Instituto
de Criminalística.
Segundo a Secretaria da
Segurança, no barraco de
onde saíram os agressores,
foram encontrados: maconha, granada do tipo militar com a inscrição
"P.C.C." escrita a tinta, artefato de plástico explosivo (aparentando ser outra
granada), uma carabina,
três rádios comunicadores, três pistolas, três revólveres e um fuzil com
dois carregadores. Apesar
do poderio bélico dos supostos criminosos, nenhum policial saiu ferido.
Os três rapazes foram
levados para o Hospital
Heliópolis no início da
madrugada, onde foram a
óbito. A Folha pediu à Secretaria de Saúde informações sobre o estado dos
corpos no momento em
que chegaram ao hospital.
Obteve apenas a resposta
de que eles deram entrada
como "não-identificados".
A assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública disse "não
achar conveniente" fazer
afirmações sobre os antecedentes criminais dos
mortos.
Sobre os moradores
afirmarem que os rapazes
estavam desarmados
quando foram mortos, a
secretaria disse que a população deve denunciar o
fato à Ouvidoria da Polícia. Também disse que os
moradores devem denunciar à Ouvidoria supostos
abusos cometidos pela polícia.
(RAQUEL COZER)
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