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Ouvidor critica doações feitas por "amigos"
DA REPORTAGEM LOCAL
"Televisores, tinta, vidro,
foi tudo doado", diz o delegado Luiz Antônio Pinheiro,
que conta ter passado o chapéu entre comerciantes
"amigos" do GOE para equipar a sala de inteligência.
Ele diz que os doadores
"preferem ficar incógnitos
por enquanto", mas que terão seus nomes no livro que
registra bens da instituição.
A Ouvidoria das polícias de
São Paulo, porém, vê problemas. "A polícia tem de ser o
mais independente possível.
Existe risco de alegarem que
o trabalho de segurança foi
melhor para a empresa que
contribuiu", diz o ouvidor
Antônio Funari Filho.
O delegado-assistente do
Decap (Departamento de
Polícia Judiciária da Capital), Luís Storni, afirma que
"existe previsão legal sobre
doações para a polícia, desde
que se tenha autorização". As
doações para a nova sala, no
entanto, não foram registradas no "Diário Oficial".
"Não tenho vergonha de
pedir. É para uma causa nobre", diz o delegado.
Ele tenta convênios com
planos de saúde, faculdades e
supermercados, que ofereceriam descontos e produtos a
quem trabalha no GOE. "Vamos oferecer, para segmentos que nos ajudarem, palestras de prevenção de furto,
roubo, seqüestro. O que nós
já fazemos, gratuitamente."
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