São Paulo, segunda-feira, 21 de maio de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Ouvidor critica doações feitas por "amigos"

DA REPORTAGEM LOCAL

"Televisores, tinta, vidro, foi tudo doado", diz o delegado Luiz Antônio Pinheiro, que conta ter passado o chapéu entre comerciantes "amigos" do GOE para equipar a sala de inteligência.
Ele diz que os doadores "preferem ficar incógnitos por enquanto", mas que terão seus nomes no livro que registra bens da instituição.
A Ouvidoria das polícias de São Paulo, porém, vê problemas. "A polícia tem de ser o mais independente possível. Existe risco de alegarem que o trabalho de segurança foi melhor para a empresa que contribuiu", diz o ouvidor Antônio Funari Filho.
O delegado-assistente do Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), Luís Storni, afirma que "existe previsão legal sobre doações para a polícia, desde que se tenha autorização". As doações para a nova sala, no entanto, não foram registradas no "Diário Oficial".
"Não tenho vergonha de pedir. É para uma causa nobre", diz o delegado.
Ele tenta convênios com planos de saúde, faculdades e supermercados, que ofereceriam descontos e produtos a quem trabalha no GOE. "Vamos oferecer, para segmentos que nos ajudarem, palestras de prevenção de furto, roubo, seqüestro. O que nós já fazemos, gratuitamente."


Texto Anterior: Sala de inteligência da polícia tem guarda-disfarces e néon
Próximo Texto: Grande SP: Policial é morto na tentativa de acabar com briga em festa
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.