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Polícia procura motorista que matou 5
Mãe e seis filhas voltavam de culto evangélico; apenas duas jovens escaparam do acidente em rodovia
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
A polícia de São Paulo tenta
descobrir a identidade do homem que, na noite de sexta-feira, atropelou sete pessoas (mãe
e seis filhas) de uma família
evangélica e matou cinco delas.
O atropelamento ocorreu na altura do quilômetro 74 da rodovia Edgar Máximo Zambotto,
em Jarinu (71 km de SP).
Segundo o delegado João
Jorge Ferreira da Silva, da delegacia seccional de Jundiaí (60
km de SP) e responsável pela
investigação do caso, um advogado telefonou ontem para lá,
se apresentou como defensor
do motorista do veículo envolvido no crime -um Mitsubishi
Space Wagon- e garantiu que o
foragido irá se apresentar hoje
à polícia paulista.
Como o prazo para realizar
exames para detectar se o motorista dirigia alcoolizado ou
drogado é de 12 horas após o
acidente, essa é uma prova com
a qual a polícia não contará no
seu indiciamento pelos cinco
homicídios culposos (sem intenção) e também por omissão
de socorro, já que ele fugiu.
Após atropelar e matar no
acostamento da rodovia a evangélica Ana Lúcia Ferreira Souza Silva, 40, e suas filhas, Daniele, 20, Suelen, 13, Carol, 12, e
Ester, 6, o motorista do Mitsubishi dirigiu por mais 11 quilômetros, abandonou o veículo
na mesma estrada e fugiu.
O atropelamento foi por volta das 23h30 de sexta, quando a
família voltava de um culto
evangélico e estava a cerca de
300 metros do bairro Trieste,
onde as vítimas viviam com o
pai, João Vicente da Silva, responsável por um pesqueiro.
As outras filhas de Ana Lúcia
envolvidas na tragédia, Ana
Jéssica, 16, e Andressa, 12, não
correm risco de morte. Ontem,
elas ajudaram policiais do caso
a levantar mais detalhes sobre a
fisionomia do motorista que as
atingiu na noite de sexta. Ana
Jéssica fraturou o braço; Andressa foi a única a escapar apenas com ferimentos leves.
As duas irmãs sobreviventes
disseram ontem ao delegado
Silva que, no momento do acidente, caminhavam pela rodovia em sentido contrário ao que
trafegava o Mitsubishi. Ambas
disseram que o carro estava
com os faróis apagados e em alta velocidade.
Carro foi vendido
O Mitsubishi envolvido no
acidente, segundo a polícia, foi
vendido por uma mulher de
Jundiaí em um estacionamento da cidade. Mas o dono do local, também responsável pelo
negócio, disse aos investigadores do caso só ter o nome do
comprador e não o endereço. O
veículo ainda está em nome da
antiga proprietária.
Um dos poucos dados relevantes que constam na ficha do
negócio do veículo, de acordo
com a Secretaria da Segurança
Pública de São Paulo, é o local
de nascimento do comprador,
São Caetano do Sul, no ABC.
Também caberá à polícia
agora descobrir porque o homem que comprou o carro no
estacionamento de Jundiaí
ainda não o havia transferido
para o seu nome e se era ele
quem dirigia o automóvel no
momento do acidente.
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