São Paulo, segunda-feira, 21 de maio de 2007

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Polícia procura motorista que matou 5

Mãe e seis filhas voltavam de culto evangélico; apenas duas jovens escaparam do acidente em rodovia

ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

A polícia de São Paulo tenta descobrir a identidade do homem que, na noite de sexta-feira, atropelou sete pessoas (mãe e seis filhas) de uma família evangélica e matou cinco delas. O atropelamento ocorreu na altura do quilômetro 74 da rodovia Edgar Máximo Zambotto, em Jarinu (71 km de SP).
Segundo o delegado João Jorge Ferreira da Silva, da delegacia seccional de Jundiaí (60 km de SP) e responsável pela investigação do caso, um advogado telefonou ontem para lá, se apresentou como defensor do motorista do veículo envolvido no crime -um Mitsubishi Space Wagon- e garantiu que o foragido irá se apresentar hoje à polícia paulista.
Como o prazo para realizar exames para detectar se o motorista dirigia alcoolizado ou drogado é de 12 horas após o acidente, essa é uma prova com a qual a polícia não contará no seu indiciamento pelos cinco homicídios culposos (sem intenção) e também por omissão de socorro, já que ele fugiu.
Após atropelar e matar no acostamento da rodovia a evangélica Ana Lúcia Ferreira Souza Silva, 40, e suas filhas, Daniele, 20, Suelen, 13, Carol, 12, e Ester, 6, o motorista do Mitsubishi dirigiu por mais 11 quilômetros, abandonou o veículo na mesma estrada e fugiu.
O atropelamento foi por volta das 23h30 de sexta, quando a família voltava de um culto evangélico e estava a cerca de 300 metros do bairro Trieste, onde as vítimas viviam com o pai, João Vicente da Silva, responsável por um pesqueiro.
As outras filhas de Ana Lúcia envolvidas na tragédia, Ana Jéssica, 16, e Andressa, 12, não correm risco de morte. Ontem, elas ajudaram policiais do caso a levantar mais detalhes sobre a fisionomia do motorista que as atingiu na noite de sexta. Ana Jéssica fraturou o braço; Andressa foi a única a escapar apenas com ferimentos leves.
As duas irmãs sobreviventes disseram ontem ao delegado Silva que, no momento do acidente, caminhavam pela rodovia em sentido contrário ao que trafegava o Mitsubishi. Ambas disseram que o carro estava com os faróis apagados e em alta velocidade.

Carro foi vendido
O Mitsubishi envolvido no acidente, segundo a polícia, foi vendido por uma mulher de Jundiaí em um estacionamento da cidade. Mas o dono do local, também responsável pelo negócio, disse aos investigadores do caso só ter o nome do comprador e não o endereço. O veículo ainda está em nome da antiga proprietária.
Um dos poucos dados relevantes que constam na ficha do negócio do veículo, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, é o local de nascimento do comprador, São Caetano do Sul, no ABC.
Também caberá à polícia agora descobrir porque o homem que comprou o carro no estacionamento de Jundiaí ainda não o havia transferido para o seu nome e se era ele quem dirigia o automóvel no momento do acidente.


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