São Paulo, quinta, 21 de maio de 1998

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Defesa acha delegado arbitrário

da Sucursal do Rio

O advogado da construtora Sersan, Nilo Batista, afirmou, em nota enviada por fax, que o indiciamento do ex-deputado Sérgio Naya é "arbitrário e espetaculoso" e "conflita com a prova técnica".
Além disso, segundo ele, o pedido de prisão de Naya, que tem residência certa e profissão definida, "é o último recurso pirotécnico do espetáculo que se encerra".
Batista afirmou que, desde o início, Naya "foi proclamado o principal suspeito do desabamento", apesar de residir em Brasília e "não ser certamente o engenheiro-residente da obra" nem o diretor técnico da Sersan.
Segundo ele, o laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli demonstrou que só houve erros de cálculo. "Cálculo este elaborado sob encomenda da Sersan por um prestigiado especialista."
"Quando uma investigação policial é conduzida como espetáculo, acaba por subordinar-se mais aos truques da encenação do que ao Código de Processo Penal", afirmou.
O advogado do engenheiro Sérgio Murilo Domingues, Ivan Vasques, se disse "perplexo", pois o indiciamento do seu cliente seria "contra as provas dos autos".
Segundo ele, Domingues era apenas um dos engenheiros da Sersan e não teve participação nas obras do Palace 2. Vasques disse acreditar que o Ministério Público não vai endossar a decisão do delegado Carlos Alberto Pinto.
O mestre-de-obras Almir Maia Machado não foi encontrado.



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