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Modelo inglesa compara desfile a cinema mudo
EDUARDA DE SOUZA
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A modelo inglesa Erin O"
Connor está pela primeira
vez no Brasil, onde desfilou
ontem para o estilista Marcelo Sommer. Aos 26 anos,
Erin contradiz clichês do
mundo fashion quanto a frivolidades. Diz que a poesia
do irlandês W.B. Yeats mudou sua vida e é colaboradora de publicações britânicas,
como o "Sunday Times".
Embora descoberta aos 15
anos, esperou até completar
o ensino médio para se dedicar às passarelas.
"Ser modelo é sinônimo de
liberdade. Uma maneira livre e não intimidadora de
conseguir uma educação de
graça. Fornece a confiança
que o mundo pede. Na passarela, é como ser atriz de cinema mudo", diz.
Para ela, "o Brasil é necessário para o mundo". "Tornou-se referência há dois
anos. A moda nunca esteve
tão diversificada e o Brasil
introduziu isso. A primeira
coisa que me vem à cabeça
em relação ao país não tem
nada a ver com "beachwear"
ou futebol, e sim liberdade e,
irrevogavelmente, a beleza.
O brasileiro está ligado a
uma sensação calorosa".
Ela está escrevendo um livro. "Tive momentos marcantes na carreira. Aprendi a
atuar com John Galliano. Essa é a confiança que me dão
por ser performática."
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