DA REPORTAGEM LOCAL

Um novo modelo de calçada será implementado no quarteirão do colégio São Luís, na região central de São Paulo. O projeto "calçada cidadã" prevê a divisão do passeio em três faixas: a mais próxima da rua é destinada à manutenção de serviços, como o fornecimento de gás e água; a central é destinada apenas ao trânsito de pedestres e o trecho interno é reservado para o acesso aos imóveis, colocação de cadeiras, mesas etc.
Cada faixa é identificada com uma cor diferente -a delimitação clara de cada trecho cumpre um papel educativo: mostrar que o espaço do pedestre deve ser respeitado, diz o arquiteto Alexandre Cavalheiro Liba, um dos autores do projeto.
Um primeiro trecho, na rua Haddock Lobo, já foi feito, no início do ano, com base no guia de acessibilidade feito na gestão de Marta Suplicy (PT). Neste ano, um decreto do prefeito José Serra (PSDB) determinou que a divisão seja adotada em todas as calçadas reformadas.
A meta do colégio é ampliar o o modelo para o resto do quarteirão e as calçadas em frente.
José Renato Melhem, coordenador do Passeio Livre, disse que proposta é que o São Luís faça a superfície e a prefeitura ajude no subsolo. Ainda não há data para a implantação nem o valor total do projeto, mas, diz Liba, a expectativa é que cada m2 custe cerca de R$ 100.
Para Nelson Baeta Neves, presidente da associação Paulista Viva, todas as calçadas da avenida devem seguir um só programa e não projetos pontuais. Melhem diz que o modelo adotado será estendido para toda a via.
Segundo Melhem, a adaptação de 160m2 da calçada da rua Cardeal Arcoverde (zona oeste), iniciada em junho, deve ficar pronta no início de agosto.


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