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Radar móvel retorna no início de agosto
Aparelhos deixaram as ruas no fim de junho e serão reinstalados em agosto
Prefeitura dispensa licitação e faz mais um contrato emergencial; equipamentos vão ser revezados entre 300 pontos específicos da cidade
GIOVANNA BALOGH
DO "AGORA"
A Prefeitura de São Paulo
voltou atrás e iniciou o processo para fazer mais um contrato
emergencial para adquirir
equipamentos que multam os
motoristas que excedem a velocidade. Desta vez, o contrato é
para que a capital volte a ter radares móveis, que estão fora
das ruas desde junho.
A partir da primeira quinzena de agosto serão 40 radares,
que vão se revezar em 300 pontos da capital. O secretário municipal de Transportes, Frederico Bussinger, informou que
consultou 50 empresas para
verificar as que ofereciam o orçamento mais baixo. De acordo
com o secretário, pode ser escolhida mais de uma empresa,
pois a cidade foi dividida em
três áreas.
"Vamos testar cada uma das
empresas que ofereceu o menor preço em cada uma das
áreas. As que comprovarem
maior eficiência em campo vão
oferecer os radares", afirmou
Bussinger. A prefeitura ainda
informou que os três orçamentos mais econômicos apresentados permitem uma redução
de até 60% em relação aos pagamentos efetuados no último
ano orçamentário. A arrecadação bruta do município em
2005 com os radares móveis foi
de R$ 90 milhões.
O contrato emergencial é válido por seis meses. O secretário disse que ele pode ser rescindido antes do término desse
período caso a prefeitura possa
dar continuidade ao processo
de licitação, que está barrado
no TCM (Tribunal de Contas
do Município). O tribunal apura a existência de eventuais irregularidades, assim como a licitação dos radares fixos e das
lombadas eletrônicas, que
atualmente funcionam na cidade também por meio de contratos de caráter emergencial.
A cidade está sem radares
móveis desde o final de junho,
depois de ter encerrado o contrato da prefeitura com o consórcio -formado por quatro
empresas- que tomava conta
do serviço.
À época, a Secretaria Municipal de Transportes não optou
em renovar o contrato alegando que as empresas descumpriram a licitação, colocando em
operação menos equipamentos
e instalando os aparelhos em
pontos diferentes dos determinados. O consórcio, porém, nega a afirmação da pasta.
Quando os radares móveis
foram retirados das ruas da cidade, o prefeito Gilberto Kassab (PFL) declarou que São
Paulo ficaria sem radares móveis "por tempo indeterminado" até que fosse feita uma nova licitação. "Contrato emergencial não é o nosso objetivo.
Emergência só quando é emergência mesmo", disse o prefeito, no mês passado.
As quatro empresas do consórcio, porém, estão entre as 12
listadas pela prefeitura que teriam oferecido o preço mais em
conta. "Isso mostra que não é
uma consulta dirigida. Todas as
empresas do ramo foram consultadas", afirmou Bussinger.
Em relação ao contrato emergencial, o secretário disse que
foi necessário "para garantir a
segurança para o trânsito da capital paulista".
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