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POMPILIO MERCADANTE NETO (1939-2009)
Dos aeroportos aos remédios populares
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
O engenheiro aeronáutico
Pompilio Mercadante Neto
já tinha um projeto engatilhado com os amigos: eles
montariam uma fábrica de
remédios em Alfenas (MG),
lembra a mulher, Elisabeth.
Filho de médico, Pompilio
conheceu profundamente a
área de medicamentos entre
1997 e 2003, quando foi superintendente da Furp
(Fundação para o Remédio
Popular), laboratório oficial
do Estado de SP, fundado em
1974, e o maior fabricante
público de remédios no país.
Em 2000, afirmou à Folha
que os produtos nas farmácias chegavam a ser 2.000%
mais caros que os da Furp.
Antes de mexer com remédios, seu negócio, porém,
eram os aeroportos.
Nascido em Jacareí (SP),
mudou-se para São José dos
Campos (SP), onde se formou pelo ITA (Instituto
Tecnológico de Aeronáutica), no começo dos anos 60.
Passou pela Panair do Brasil, Varig e Hidroservice, empresa que trabalhou na construção e em reformas do Galeão e de aeroportos na Ilha
da Madeira e em Manaus.
Também foi diretor comercial da Vasp e sócio de uma
firma de leasing de aviões.
Na USP de São Carlos, foi
professor de engenharia de
transportes. Ainda exerceu,
por um tempo, cargo administrativo na CDHU, e, recentemente, voltou à sua
área inicial: era assessor técnico da SPTrans.
Havia anos, lutava contra
um câncer, que o matou na
quinta-feira, aos 69. Deixa
dois filhos. A missa de sétimo dia será amanhã, às 19h,
na capela da PUC, em SP.
coluna.obituario@uol.com.br
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