São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 2011

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"Não dá tempo nem para beber água", afirma funcionário

DE SÃO PAULO

"Não dá tempo nem de beber água", diz Robson (nome fictício), um dos terceirizados que carregam as bagagens em Cumbica.
O aeroporto tem 30 operações de pouso e decolagem, em média, a cada hora, com cerca de 3.400 passageiros.
Nas seis horas de jornada, a rotina consiste em entrar no avião, tirar as malas e correr para outro que acabou de pousar. Ele atua em quatro ou sete aviões nesse período, a depender da demanda.
"O passageiro não percebe, mas tirar as bagagens dá muito trabalho. Chego em casa morto de cansaço", diz.
Robson atende à Gol, mas costuma ajudar a Webjet e já retirou malas de voos internacionais de outras companhias também. Já recebeu até olhar furioso de passageiro irritado pela demora. Ele diz que falta gente para ajudá-lo.
"Se der problema, é muito mais fácil culpar o "peão'", afirma Robson.
O Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos não soube estimar qual o deficit exato. Mas disse que, nos últimos anos, a necessidade de economia nas empresas aéreas refletiu-se em menos gente de "rampa", como os funcionários são conhecidos.
Trabalham com carga e bagagens em Cumbica entre 6.000 e 8.000 pessoas, afirma o sindicato. Em razão do salário baixo, a rotatividade é alta, diz a entidade. A Folha pediu o número à Infraero, mas não obteve resposta.


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