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PROSTITUIÇÃO
Cidade gaúcha quer anti-HIV obrigatório
da Agência Folha, em Porto Alegre
A Secretaria da Saúde e do Meio
Ambiente do Rio Grande do Sul
disse que não vai realizar testes anti-HIV nas prostitutas de São Sebastião do Caí (66 km da capital).
Uma lei aprovada pela Câmara
Municipal da cidade em 10 de julho determina que as prostitutas
têm de se submeter ao anti-HIV a
cada 90 dias. Um grupo de 45 mulheres faria o teste ontem, na capital, mas a viagem foi cancelada.
Segundo a Prefeitura de São Sebastião do Caí, o cancelamento
ocorreu porque haveria uma manifestação contra a lei no local onde as prostitutas fariam o exame.
Antecipando-se ao Ministério
Público Federal, que analisa uma
representação do Gapa-RS (Grupo
de Apoio à Prevenção da Aids) arguindo a inconstitucionalidade da
lei, a Secretaria da Saúde disse que
ela "é considerada inconstitucional".
A lei, que obriga o teste anti-HIV
para as "pessoas que se dedicam
ao comércio do sexo", foi proposta pela prefeitura aos vereadores.
A chefe da seção de Controle da
Aids da secretaria, Nêmora Barcellos, disse que será desenvolvido
um trabalho educativo sobre a
Aids dirigido à população de São
Sebastião do Caí e não apenas destinado às prostitutas.
Leo Freiberger, assessor de imprensa da prefeitura, disse que,
devido à reação causada pela lei, as
prostitutas deverão fazer testes anti-HIV "espontaneamente", mas
"outras meninas" que forem se
prostituir na cidade estarão sujeitas à legislação.
A lei prevê, em um dos seus parágrafos, que os prostíbulos fixem, em local visível, uma cópia
do seu texto.
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