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Prefeitura vê locaute em paralisação
da Reportagem Local
A Prefeitura de São Paulo
acusa as empresas de locaute
e afirma que poderá rescindir os contratos atuais caso
os empresários continuem
"incentivando" as paralisações dos funcionários.
Segundo avaliação da prefeitura, as empresas de ônibus estão induzindo os motoristas e cobradores a realizar greves.
Um indício seria o fato de
os empresários não estarem
tomando nenhuma medida
punitiva contra os funcionários que usam ônibus das
empresas nos protestos feitos na sede da prefeitura.
A lógica é a seguinte: ao
atrasar o pagamento de salários ou de vale-refeição, as
empresas levam os funcionários à greve. Com a pressão provocada pela falta de
transporte na cidade, a prefeitura se vê obrigada a quitar suas dívidas com as empresas.
O Transurb (sindicato das
empresas) afirma que a falta
de pagamento da dívida e os
atrasos consecutivos nos repasses pelos serviços prestados estão inviabilizando a
operação das empresas. Mas
nega o locaute.
Segundo o Transurb, a dívida total da prefeitura com
as empresas beira os R$ 170
milhões.
"A dívida equivale a 40
dias de serviços prestados.
Dessa forma, as empresas
são obrigadas a queimar o
capital de giro, perdem o poder de investir e não conseguem pagar suas contas, que
incluem desde o pagamento
do diesel até a folha de pagamento", disse o diretor jurídico do Transurb, Antonio
Sampaio Amaral Filho.
O diretor disse que esta é a
pior crise do setor nos últimos 40 anos e trabalha com
dois cenários, caso o problema não seja resolvido: continuar convivendo com greves diariamente ou fazer
uma redução de 30% na frota de ônibus da cidade para
cortar custos, o que poderia
gerar a demissão de cerca de
20 mil dos 54 mil funcionários.
O prefeito de São Paulo,
Celso Pitta, vem demonstrando irritação com a posição dos empresários desde o
início do ano.
Segundo o prefeito, as empresas se acomodaram com
o pagamento de subsídio e
deixaram de investir e buscar a melhoria dos serviços
prestados.
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