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Suspeito de abuso sexual é preso em SP
ALESSANDRO SILVA
da Folha Ribeirão
O desempregado Carlos Alberto Donizeti de Oliveira, 35, é suspeito de ter abusado sexualmente
de pelo menos 11 crianças nos últimos quatro anos na cidade de
Franca (401 km de São Paulo).
Ele foi preso em flagrante ontem e, segundo a polícia, confessou em depoimento que abusou
de 11 crianças. Outras três famílias
de supostas vítimas denunciaram
Oliveira após a sua prisão.
De acordo com informações da
polícia, o garoto D.A., 11, enteado
de Oliveira, disse que vinha sendo
forçado a manter relações com ele
desde os 7 anos.
""A perícia já constatou a violência sexual no menino", afirmou a
delegada Graciela de Lourdes David Ambrósio, da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher).
A partir dos nomes citados pelo
suspeito, ontem de madrugada, a
polícia começou a notificar as famílias e descobriu que o número
de crimes pode ser maior.
O motorista Antonio (nome fictício) descobriu na delegacia que
a filha F., 12, havia sido abusada
há dois anos.
""Ele dormia e comia na minha
casa. Nunca ia pensar que uma
coisa dessas poderia acontecer",
disse o pai à Folha ontem.
F. é a única garota vítima de
abuso. O desempregado, segundo
a polícia, abusava de meninos.
De acordo com a polícia, três vítimas ouvidas ontem disseram
que Oliveira as convidava para
""fazer bobeira" e oferecia presentes como bicicletas, videogames e
até dinheiro em troca.
A menina F., por exemplo, afirmou à Folha que recebeu R$ 10.
Não houve relação completa, o
que caracterizaria estupro.
O casal Roberto e Angela (nomes fictícios) procuram a DDM
assim que souberam da prisão de
Oliveira. O filho deles, P., 10, não
sofreu violência, mas vinha sendo
assediado pelo acusado.
""Ele me ofereceu uma bicicleta
várias vezes para sair com ele",
disse o menino ontem.
Ontem, os pais estavam ajudando a delegada a reunir testemunhas que teriam visto Oliveira
agarrando e beijando crianças na
rua. A polícia abriu inquérito e,
por enquanto, investiga crime de
atentado violento ao pudor, que é
hediondo e inafiançável.
Em seu depoimento à polícia,
Oliveira afirmou que não obrigava as vítimas, mas confirmou que
oferecia presentes a elas.
A Folha tentou falar com Oliveira em Franca, mas ele há havia sido transferido para Itirapuã, onde
está isolado. Até o início da noite
de ontem, ele ainda não tinha advogado.
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