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EDUCAÇÃO
Conselho Universitário aprovou ontem a criação de oito novos cursos; decisão foi criticada por alunos da FFLCH
USP oferece mais 520 vagas para 2003
DA REPORTAGEM LOCAL
O Conselho Universitário da
USP (Universidade de São Paulo)
aprovou ontem a criação de oito
novos cursos de graduação e a
oferta de mais 325 vagas para o
vestibular de fim de ano. Somadas
às 195 outras matrículas já autorizadas pelo conselho em junho, serão 520 novas vagas para o ano letivo de 2003, um aumento de
6,65% em relação a 2002, quando
a oferta foi de 7.811 vagas.
Das matrículas extras, 430 são
nos cursos que começam no próximo ano, a maioria nos campi do
interior. A maior oferta implicará
contratação de cerca de 180 docentes e um gasto de pelo menos
R$ 7,8 milhões. As novas carreiras
e vagas já constam do manual do
candidato da Fuvest.
O campus da Escola de Engenharia de São Carlos ganhou três
novos cursos: engenharia mecatrônica, engenharia elétrica com
ênfase em sistemas de energia e
automação e engenharia de computação. São 150 vagas no total.
A Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto terá as carreiras de
fonoaudiologia, nutrição e metabolismo e informática biomédica,
somando cem vagas. E o Instituto
de Química, na capital, oferecerá
os cursos de licenciatura em química e bacharelado em química
ambiental, com 60 vagas ao todo.
No curso de bacharelado em
matemática aplicada e computação científica, do Instituto de
Ciências Matemáticas e de Computação (também na capital), o
número de vagas foi ampliado,
passando de 10 para 25.
Protesto
A criação dos novos cursos foi
criticada por cerca de 150 alunos
da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas)
que, usando narizes de palhaço,
protestaram em frente à reitoria
da USP -onde ocorria a reunião
do Conselho Universitário.
Os estudantes, que acabaram de
sair de uma greve de mais de cem
dias por causa da falta de professores, recepcionaram os membros do conselho com palmas,
apitos e palavras de ordem. Rita
de Cássia Braga, 26, do curso de
letras, passava o chapéu entre os
colegas, como se pedisse esmola.
"Desculpe atrapalhar a manifestação; eu poderia estar roubando,
mas só estou pedindo uns professores", dizia. Os alunos também
cantaram paródias de músicas.
Eles não concordam com a contratação de professores para os
novos cursos, argumentando que
os 92 novos docentes concedidos
à FFLCH pela reitoria em consequência do movimento grevista
não são suficientes para solucionar os problemas da unidade.
A reitoria informou que a verba
destinada à ampliação dos cursos
não pode ser utilizada para a manutenção da universidade.
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