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Entidade diz que não houve má-fé
FREE-LANCE PARA A FOLHA RIBEIRÃO
A coordenadora-geral da AMA de Ribeirão Preto, Maria Cristina Verdi, disse que espera que haja uma investigação por parte do Ministério Público para mostrar
que não há má-fé da entidade em relação ao método de aprendizado utilizado. Ela também afirmou que pode suspender o uso da mistura de boldo nos alunos.
Folha - Vocês querem essa investigação?
Maria Cristina Verdi - Queremos.
Fazemos questão de que isso seja
muito bem esclarecido. Aliás, eu
já liguei ao Ministério Público para marcar um horário com eles.
Não se pode jogar pedra num trabalho que vem sendo desenvolvido há 14 anos, que só tem trazido
benefícios aos alunos.
Folha - A AMA vai mudar o método de aprendizado dos alunos?
Maria Cristina - Não. Podemos
até tirar essa estratégia do boldo.
Esse método foi desenvolvido por
especialistas dos Estados Unidos
que trabalham com autistas. O
boldo é uma estratégia usada dentro da terapia comportamental.
Folha - Mas o mais correto não seria informar os pais antes de utilizar essa estratégia?
Maria Cristina - Eu acredito até
que poderíamos ter feito isso. Pode ter sido o único erro nosso.
Mas só testamos para ver se era
aversivo. Porque tem criança que
não é aversiva. Tem criança que
gosta de coisas amargas. Fizemos
o teste em quatro crianças. Três
com autorização e só uma sem
autorização. Fizemos isso em junho. Não foi nada escondido.
A AMA deixa crianças trancadas
no banheiro?
Maria Cristina - Algumas crianças ficam trancadas no banheiro,
junto com a terapeuta. Isso é usado quando a criança tem uma crise muito aguda. Vocês dizem isso porque nunca viram uma crise de autista.
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