São Paulo, quarta-feira, 21 de agosto de 2002

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Entidade diz que não houve má-fé

FREE-LANCE PARA A FOLHA RIBEIRÃO

A coordenadora-geral da AMA de Ribeirão Preto, Maria Cristina Verdi, disse que espera que haja uma investigação por parte do Ministério Público para mostrar que não há má-fé da entidade em relação ao método de aprendizado utilizado. Ela também afirmou que pode suspender o uso da mistura de boldo nos alunos.

Folha - Vocês querem essa investigação?
Maria Cristina Verdi -
Queremos. Fazemos questão de que isso seja muito bem esclarecido. Aliás, eu já liguei ao Ministério Público para marcar um horário com eles. Não se pode jogar pedra num trabalho que vem sendo desenvolvido há 14 anos, que só tem trazido benefícios aos alunos.

Folha - A AMA vai mudar o método de aprendizado dos alunos?
Maria Cristina -
Não. Podemos até tirar essa estratégia do boldo. Esse método foi desenvolvido por especialistas dos Estados Unidos que trabalham com autistas. O boldo é uma estratégia usada dentro da terapia comportamental.

Folha - Mas o mais correto não seria informar os pais antes de utilizar essa estratégia?
Maria Cristina -
Eu acredito até que poderíamos ter feito isso. Pode ter sido o único erro nosso. Mas só testamos para ver se era aversivo. Porque tem criança que não é aversiva. Tem criança que gosta de coisas amargas. Fizemos o teste em quatro crianças. Três com autorização e só uma sem autorização. Fizemos isso em junho. Não foi nada escondido.

A AMA deixa crianças trancadas no banheiro?
Maria Cristina -
Algumas crianças ficam trancadas no banheiro, junto com a terapeuta. Isso é usado quando a criança tem uma crise muito aguda. Vocês dizem isso porque nunca viram uma crise de autista.


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