São Paulo, quarta-feira, 21 de agosto de 2002

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Cineasta pagava bolsa a Marcinho VP

DA SUCURSAL DO RIO

Esta não é a primeira vez que a polícia investiga a relação do tráfico de drogas com o cinema.
Há dois anos, o documentarista João Moreira Salles respondeu a processo por crime de favorecimento pessoal por ter revelado que pagava uma bolsa ao traficante Márcio Amaro de Oliveira, o Marcinho VP.
Moreira Salles conheceu Marcinho VP durante as filmagens, no morro Dona Marta (em Botafogo, na zona sul do Rio), do documentário "Notícias de uma Guerra Particular".
Na época, o documentarista justificou o pagamento da bolsa como forma de ajudar o traficante, uma das lideranças da facção criminosa CV (Comando Vermelho), a deixar o crime e a escrever um livro.
Moreira Salles entrou em um acordo com a Justiça do Rio de Janeiro e se livrou do processo.
Ele pagou uma multa de R$ 7,4 mil e prestou trabalhos comunitários durante 30 dias.
João Moreira Salles é irmão do cineasta Walter Moreira Salles ("Terra Estrangeira", "Central do Brasil" e "Abril Despedaçado") e filho do falecido banqueiro Walter Moreira Salles, que era dono do Unibanco.
A diretora Kátia Lund, co-diretora do filme "Cidade de Deus", trabalhou com João Moreira Salles no documentário.
A Videofilmes, produtora dos irmãos Moreira Salles, participou da produção de "Cidade de Deus".


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