Grampos revelam que criminosos ordenam matar comparsas e pessoas comuns

Briga em bar, furto ou estupro, em áreas de influência de facção criminosa, podem levar "suspeito" para o "tribunal" comandado por detentos

ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

A Polícia Civil de São Paulo prendeu 27 pessoas e identificou outras 20 -dez presidiários- que faziam ou davam suporte para os "tribunais do crime", realizados pelo PCC (Primeiro Comando da Capital).
As operações, feitas nos últimos três meses na zona leste de SP, no ABC e na região de Sorocaba, foram desencadeadas com ajuda de promotores do Gaeco e com o uso de grampos autorizados pela Justiça.
Até agora, a polícia e a Promotoria sabem de nove vítimas -ligadas ou não à facção criminosa- dessas ações.
Os "julgamentos" são comandados por um integrante do PCC, muitas vezes presidiário, por meio de um telefone celular. Ele é quem decide se o "réu" deve ou não morrer.
Num desses "tribunais do crime" foi decidida a morte de uma jovem de 17 anos, assassinada com cinco tiros no dia 25 de agosto em frente a sua casa, na periferia de Sorocaba.


Próximo Texto: "Tribunais do crime" mataram ao menos 9
Índice