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Governo contesta relatório da OMS sobre malária no país
Ministério da Saúde discorda da Organização Mundial de Saúde que coloca Brasil entre os 30 países com mais casos
OMS diz que Brasil teve 1,4 milhão de pessoas infectadas em 2006; Governo alega que número preciso é de 549 mil
RICARDO WESTIN
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo brasileiro contestou um relatório internacional
sobre a malária divulgado anteontem, na Suíça, pela OMS
(Organização Mundial da Saúde). No documento, o Brasil foi
classificado entre os 30 países
com mais casos da doença no
mundo. Segundo o governo, os
números estão errados e a situação brasileira não é tão grave como a apontada.
Segundo o relatório de 215
páginas apresentado a jornalistas do mundo inteiro, o Brasil
teve 1,4 milhão de pessoas infectadas pela malária em 2006.
O Ministério da Saúde enviou à
OMS documento alertando que
infectaram-se, na realidade,
mais de 549 mil pessoas.
Segundo o governo brasileiro, a OMS errou ao aplicar no
Brasil a mesma metodologia de
cálculo de doentes utilizada na
África. No continente, os números são obtidos por projeção, já que os países não contam com um sistema de vigilância epidemiológica eficiente.
No Brasil, segundo o governo,
não existe subnotificação.
O coordenador do Programa
de Malária do Ministério da
Saúde, José Ladislau, diz que
que o controle da doença no
país é feito por "um dos melhores sistemas de informação do
Ministério da Saúde".
Com a metodologia africana,
o número de casos enviado pelo
governo brasileiro à OMS acabou equivocadamente sendo
multiplicado por 2,5. Mesmo
utilizando-se os números do
Ministério da Saúde, o Brasil é
o país das Américas onde a situação é mais complicada. O segundo país com mais casos, 408
mil, é a Colômbia.
A malária é causada por parasita transmitido pelos mosquitos do gênero Anopheles. No
País, 99,7% das notificações da
doença são na Amazônia. Os
sintomas são calafrio, febre,
náusea e dor de cabeça. Em casos extremos, coma e morte.
Segundo a OMS, 247 milhões
de pessoas contraíram malária
no mundo em 2006, das quais
881 mil morreram. Metade da
população mundial corre risco-a pior situação é nos países
da África. A Nigéria, por exemplo, teve 57,7 milhões casos em
2006 -pouco mais de um terço
da população do país.
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