São Paulo, sexta-feira, 21 de outubro de 2005

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Aposentada elogia atendimento

DA REPORTAGEM LOCAL

Nem mesmo os nove dias em que ficou internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Geral de Pedreira foram suficientes para tirar a felicidade do rosto da aposentada Ana, 92, ontem, quando ficou sabendo que deixaria o local.
Mesmo com a idade avançada, a paciente ainda conserva a lucidez e fez questão de deixar os cabelos arrumados antes de receber alta. "Ai meu dedo!", gritou Ana para a enfermeira que colocava o aparelho que mede os batimentos cardíacos em um dos dedos do pé para que a paciente pudesse usar as mãos para almoçar sozinha.
A enfermeira, sorrindo, disse: "Ai que susto dona Ana". A paciente abriu um sorriso, pegou a colher e começou a almoçar tranqüilamente.
Ana afirmou não ter nenhuma queixa do atendimento prestado na UTI do hospital estadual nem do tempo que ficou internada. Muito pelo contrário. "As moças são muito boas. Os rapazes mais ainda", brinca a aposentada.
Deise Cabral, 67, filha de Ana, também elogia o serviço prestado durante o período ficou na UTI. "Desde o primeiro dia fomos muito bem tratadas aqui. O único problema foi eu não poder ficar mais tempo com a minha mãe aqui dentro. Os horários eram restritos para a visitação. Mas eu vinha saber como ela estava todos os dias", disse Deise.

Irmãos
A mesma opinião tem o ajudante de almoxarifado Edmilson Gonçalves de Souza, 31, que acompanhava o irmão Paulo de Melo Alves, 41, internado na unidade de terapia por conta de uma inflamação do pâncreas.
"Se a gente pudesse estar 24 horas com ele a gente ficaria porque a presença da família é fundamental. Fora isso, tudo aqui é de ótima qualidade", disse.
Já a coordenadora de arquivo e imagem Valéria Maria Giannoccaro, 40, ficou três dias internada na UTI do Hospital São Camilo depois de sofrer um infarto. Consciente o tempo todo, Valéria teve a companhia da mãe nos horários de visita.
"Por mais assistido que a gente fique dentro de uma UTI, houve momentos em que eu senti falta de ter alguém da minha família ao meu lado. Mas, mesmo assim, acredito que ficar sozinha nestes momentos é a melhor opção para quem está internado. É menos sofrimento", disse. (FB)


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