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Aposentada elogia atendimento
DA REPORTAGEM LOCAL
Nem mesmo os nove dias em
que ficou internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do
Hospital Geral de Pedreira foram
suficientes para tirar a felicidade
do rosto da aposentada Ana, 92,
ontem, quando ficou sabendo
que deixaria o local.
Mesmo com a idade avançada, a
paciente ainda conserva a lucidez
e fez questão de deixar os cabelos
arrumados antes de receber alta.
"Ai meu dedo!", gritou Ana para a
enfermeira que colocava o aparelho que mede os batimentos cardíacos em um dos dedos do pé para que a paciente pudesse usar as
mãos para almoçar sozinha.
A enfermeira, sorrindo, disse:
"Ai que susto dona Ana". A paciente abriu um sorriso, pegou a
colher e começou a almoçar tranqüilamente.
Ana afirmou não ter nenhuma
queixa do atendimento prestado
na UTI do hospital estadual nem
do tempo que ficou internada.
Muito pelo contrário. "As moças
são muito boas. Os rapazes mais
ainda", brinca a aposentada.
Deise Cabral, 67, filha de Ana,
também elogia o serviço prestado
durante o período ficou na UTI.
"Desde o primeiro dia fomos
muito bem tratadas aqui. O único
problema foi eu não poder ficar
mais tempo com a minha mãe
aqui dentro. Os horários eram
restritos para a visitação. Mas eu
vinha saber como ela estava todos
os dias", disse Deise.
Irmãos
A mesma opinião tem o ajudante de almoxarifado Edmilson
Gonçalves de Souza, 31, que
acompanhava o irmão Paulo de
Melo Alves, 41, internado na unidade de terapia por conta de uma
inflamação do pâncreas.
"Se a gente pudesse estar 24 horas com ele a gente ficaria porque
a presença da família é fundamental. Fora isso, tudo aqui é de
ótima qualidade", disse.
Já a coordenadora de arquivo e
imagem Valéria Maria Giannoccaro, 40, ficou três dias internada
na UTI do Hospital São Camilo
depois de sofrer um infarto.
Consciente o tempo todo, Valéria
teve a companhia da mãe nos horários de visita.
"Por mais assistido que a gente
fique dentro de uma UTI, houve
momentos em que eu senti falta
de ter alguém da minha família ao
meu lado. Mas, mesmo assim,
acredito que ficar sozinha nestes
momentos é a melhor opção para
quem está internado. É menos sofrimento", disse.
(FB)
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