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EDUCAÇÃO
Norma de ensino a distância preocupa sindicato das escolas
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente do Sieeesp
(sindicato das escolas particulares de SP), José Augusto
de Mattos Lourenço, disse
ontem estar "preocupado"
com a norma que permite
que 20% da carga horária
obrigatória do ensino médio
seja dado a distância. A autorização está prevista em deliberação aprovada pelo Conselho Estadual de Educação,
homologada na sexta-feira
pelo governo do Estado.
"Além do conteúdo ter de
ser bem feito, é preciso que
haja um forte controle nos
sistemas. O professor precisa
saber quantas horas cada
aluno trabalhou, o que ele
fez. Se isso não ocorrer, a carga horária será perdida, e haverá queda no ensino", disse.
"São Paulo sai na frente
nesse campo, que é uma tendência mundial. Mas é preciso cuidado", completou.
O presidente do conselho,
Arthur Fonseca Filho, disse
que "todo mundo diz que a
escola parou no tempo e, por
isso, o estímulo ao uso de tecnologias deve ser feito".
De acordo com Fonseca
Filho, "não se espera que
uma aula de português seja
dada a distância; a intenção é
que haja complementação
das atividades presenciais".
O deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) protocolou ontem na Assembléia
um projeto de decreto legislativo para sustar o dispositivo, disse a assessoria dele.
Autonomia
O conselho decidiu ainda
dar autonomia às escolas de
São Paulo para definir a forma de acrescentar os conteúdos curriculares obrigatórios
recém-aprovados pelo Legislativo, como sociologia, filosofia, música e espanhol.
Uma possibilidade autorizada é que esses conteúdos
sejam dados no currículo já
implementado nos colégios
particulares e estaduais
-sem incluir disciplinas.
Em um exemplo hipotético, filosofia e sociologia poderiam ser ensinadas nas aulas de história e literatura.
Segundo Arthur Fonseca
Filho, a deliberação foi feita
"para fazer frente à recente
série de alterações legislativas" nos currículos. Desde a
aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em
1996, dez leis federais incluíram conteúdos obrigatórios
nos currículos das escolas.
Neste ano, foram três.
(FT)
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