RAQUEL ILIANO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

Donos de auto-escolas de Ribeirão Preto e de mais nove cidades da região organizaram ontem pela manhã uma carreata em protesto contra a suspensão dos processos da primeira CNH, devido à greve na Polícia Civil. O ato reuniu cerca de 70 carros e 30 motos.
Segundo a Apaerp (Associação dos Proprietários de Auto-Escolas de Ribeirão Preto), cerca de 300 pessoas participaram da carreata, que fez paradas para pedir ajuda em órgãos como o Poupatempo e a Câmara.
O presidente da Apaerp, Antônio Geraldo, disse que cerca de 10 mil alunos estão com seus processos de primeira habilitação parados. Segundo ele, cerca de 1.100 funcionários das 72 auto-escolas estão parados na cidade e o prejuízo para a categoria já passa de R$ 500 mil somente em Ribeirão Preto.
"Como está tudo parado na Ciretran, os alunos não fazem aula porque não sabem quando vão fazer os exames e, com isso, não pagam as auto-escolas. Esperamos, com a carreata, chamar atenção do governador [José Serra (PSDB)]", disse.
"Primeiramente, pedimos desculpa pelo transtorno aos funcionários do Poupatempo, que não têm nada a ver com isso. Mas aqui é tudo moderno e é a menina dos olhos do governo. Mas nesse lugar, só são feitos 20% dos trabalhos relativos à habilitação. Os outros 80% são feitos em delegacias de trânsito que estão totalmente sucateadas", disse Geraldo.
O grupo foi ao Ministério Público fazer uma denúncia pedindo providências, pois a Ciretran de Ribeirão Preto suspendeu os exames para a emissão de carteiras de motoristas. O delegado de trânsito da cidade, Adilson Massey, disse que a partir de amanhã serão distribuídas senhas de atendimento para as auto-escolas.


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