|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Atendimento de DPs no interior de SP é precário
DA AGÊNCIA FOLHA
Após o confronto na semana
passada em São Paulo entre policiais civis em greve e policiais
militares, o movimento grevista da corporação civil continua
forte no interior do Estado.
Em Bauru (329 km de SP), os
360 policiais estão parados, segundo o delegado seccional da
cidade, Doniseti Pinezi.
Ele afirmou que os quatro
distritos, as quatro delegacias
especializadas, o plantão e o Ciretran (Circunscrição Regional
de Trânsito) só fazem atendimentos previstos na cartilha do
comando de greve. São ocorrências mais graves, como prisões em flagrante, homicídios e
remoção de mortos.
A reportagem entrou em
contato ontem com os cinco
distritos de Marília (435 km de
SP) e em todos houve confirmação da adesão de 100% dos
policiais à greve.
São cerca de 300 policiais parados na cidade, que cumprem
jornada de trabalho com portas
abertas, mas sem registrar
ocorrências não previstas na
cartilha. Nesses casos, orientam as pessoas a voltar após o
fim do movimento.
Em Sorocaba (99 km de SP),
os 11 distritos aderiram à greve
e as duas delegacias que trabalham em esquema de plantão
também registram apenas
ocorrências de emergência.
A delegada sindical da região,
Maria Cássia de Almeida Almagro, disse que o movimento ganhou força depois do confronto
com a PM na última quinta-feira. "Fizemos reunião hoje, estamos nos organizando mais e
buscando apoio de deputados."
Em Itapetininga (172 km de
SP), os quatro DPs da cidade
aderiram à greve, segundo policiais ouvidos, e também seguem a cartilha do comando de
greve. O mesmo ocorre nas cinco delegacias de Votorantim
(105 km da capital).
O delegado titular do 1º DP
de São José do Rio Preto (438
km de SP), Genival Santos, disse que só os casos graves estavam sendo atendidos. "Só registramos casos de urgências.
Não estamos registrando pequenos delitos." Ele disse ainda
que casos de flagrante apresentados pela PM estavam sendo
recebidos normalmente.
Na região do Pontal do Paranapanema, no oeste do Estado,
agentes ouvidos pela reportagem em Dracena, Presidente
Prudente, Presidente Epitácio
e Presidente Venceslau disseram que o funcionamento das
delegacias está normal ou obedecendo ao mínimo exigido pela Justiça.
Na capital paulista, muitas
delegacias continuam com policiais em greve, principalmente na periferia.
(CRISTINA MORENO DE CASTRO, GUSTAVO HENNEMANN, JOSÉ EDUARDO RONDON E FELIPE BÄCHTOLD)
Texto Anterior: Em Ribeirão Preto, donos de auto-escolas fazem carreata contra a paralisação Próximo Texto: Piracicaba: Morte de jovem por PMs provoca quebra-quebra Índice
|