São Paulo, terça-feira, 21 de outubro de 2008

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Atendimento de DPs no interior de SP é precário

DA AGÊNCIA FOLHA

Após o confronto na semana passada em São Paulo entre policiais civis em greve e policiais militares, o movimento grevista da corporação civil continua forte no interior do Estado.
Em Bauru (329 km de SP), os 360 policiais estão parados, segundo o delegado seccional da cidade, Doniseti Pinezi.
Ele afirmou que os quatro distritos, as quatro delegacias especializadas, o plantão e o Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) só fazem atendimentos previstos na cartilha do comando de greve. São ocorrências mais graves, como prisões em flagrante, homicídios e remoção de mortos.
A reportagem entrou em contato ontem com os cinco distritos de Marília (435 km de SP) e em todos houve confirmação da adesão de 100% dos policiais à greve.
São cerca de 300 policiais parados na cidade, que cumprem jornada de trabalho com portas abertas, mas sem registrar ocorrências não previstas na cartilha. Nesses casos, orientam as pessoas a voltar após o fim do movimento.
Em Sorocaba (99 km de SP), os 11 distritos aderiram à greve e as duas delegacias que trabalham em esquema de plantão também registram apenas ocorrências de emergência.
A delegada sindical da região, Maria Cássia de Almeida Almagro, disse que o movimento ganhou força depois do confronto com a PM na última quinta-feira. "Fizemos reunião hoje, estamos nos organizando mais e buscando apoio de deputados."
Em Itapetininga (172 km de SP), os quatro DPs da cidade aderiram à greve, segundo policiais ouvidos, e também seguem a cartilha do comando de greve. O mesmo ocorre nas cinco delegacias de Votorantim (105 km da capital).
O delegado titular do 1º DP de São José do Rio Preto (438 km de SP), Genival Santos, disse que só os casos graves estavam sendo atendidos. "Só registramos casos de urgências. Não estamos registrando pequenos delitos." Ele disse ainda que casos de flagrante apresentados pela PM estavam sendo recebidos normalmente.
Na região do Pontal do Paranapanema, no oeste do Estado, agentes ouvidos pela reportagem em Dracena, Presidente Prudente, Presidente Epitácio e Presidente Venceslau disseram que o funcionamento das delegacias está normal ou obedecendo ao mínimo exigido pela Justiça.
Na capital paulista, muitas delegacias continuam com policiais em greve, principalmente na periferia.
(CRISTINA MORENO DE CASTRO, GUSTAVO HENNEMANN, JOSÉ EDUARDO RONDON E FELIPE BÄCHTOLD)



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