São Paulo, quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Convivência entre biquíni e "burkini" ilude visitantes

DO ENVIADO A ABU DHABI

Há uma ilusão de permissividade no ar.
O consumismo desenfreado, a profusão de grifes, a tolerância relativa para um país islâmico e a grande maioria de estrangeiros contribuem para isso.
Mas por trás da fachada de contrastes, os Emirados Árabes Unidos são um país ultraconservador. Excessos em público e indiscrições inocentes podem ser punidos pela sharia, a lei islâmica.
Não existe polícia religiosa como no Irã, onde todas as mulheres, mesmo as estrangeiras, devem seguir as normas de vestuário do islã.
Em Abu Dhabi e Dubai, os emirados mais cosmopolitas, estrangeiros têm opção. Há praias com segregação entre sexos, mas também aquelas em que mulheres de biquíni banham-se junto de outras com o "burkini", traje de banho muçulmano que só deixa rosto, mãos e pés de fora.
Nos shoppings, avisos pedem o uso de roupas discretas, mas é comum ver mulheres com decotes e transparências fazendo compras ao lado de muçulmanas cobertas da cabeça aos pés.
Em Abu Dhabi também é proibido fazer manifestações públicas de afeto, como beijos e abraços.
Mazen Tajeddine, consultor legal do Departamento de Justiça de Abu Dhabi, diz que muitos dos problemas são causados pela falta de respeito aos costumes locais.
"Não invadimos a casa de ninguém para saber quem é casado nem prendemos casais que andam de mãos dadas na rua", diz ele. "Mas alguns estrangeiros fazem coisas aqui que seriam consideradas inadequadas em seus próprios países."


Texto Anterior: Brasileira acusada de fazer sexo é absolvida
Próximo Texto: Ponto Turístico: Revitalização de acesso vai reduzir o fluxo de turistas ao Corcovado
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.