|
Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros
Presidiárias do ES vão trabalhar em call center
Projeto funcionará dentro da prisão, em Cariacica
FELIPE LUCHETE
DE SÃO PAULO
"Bom dia! Meu nome é
K.J., com quem falo, por favor? Eu faço parte do projeto
Viva a Voz. Estou ligando para informar que ele tem o objetivo de ressocializar pessoas apenadas, dando qualificação e um caminho no
mercado de trabalho."
A fala é um dos exercícios
que 80 internas da Penitenciária Feminina de Cariacica,
no Espírito Santo, fazem desde o início deste mês.
Elas vão trabalhar num
call center que será implantado- em até dois meses-
no local. O projeto é da Secretaria Estadual de Justiça com
empresas e uma Oscip (organização da sociedade civil).
A iniciativa é inédita no
país, segundo o Ministério da
Justiça. O idealizador, Fernando Dal Piero, diz que as
324 internas receberam treinamento que envolve cidadania, língua portuguesa,
marketing e informática.
As primeiras 80 foram selecionadas independentemente da pena e- pelo trabalho de seis horas- receberão R$ 600 por mês (que pode ficar em uma poupança
ou com a família), além de terem a redução da pena.
De acordo com o secretário
Ângelo Rocalli (Justiça), todas conversas das presas serão gravadas e acompanhadas em tempo real.
O sistema funciona por palavras-chave: caso a conversa fuja de um repertório, a ligação é cortada.
Texto Anterior: QG dos sem-teto Índice | Comunicar Erros
|