São Paulo, quinta-feira, 21 de outubro de 2010

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Presidiárias do ES vão trabalhar em call center

Projeto funcionará dentro da prisão, em Cariacica

FELIPE LUCHETE
DE SÃO PAULO

"Bom dia! Meu nome é K.J., com quem falo, por favor? Eu faço parte do projeto Viva a Voz. Estou ligando para informar que ele tem o objetivo de ressocializar pessoas apenadas, dando qualificação e um caminho no mercado de trabalho."
A fala é um dos exercícios que 80 internas da Penitenciária Feminina de Cariacica, no Espírito Santo, fazem desde o início deste mês.
Elas vão trabalhar num call center que será implantado- em até dois meses- no local. O projeto é da Secretaria Estadual de Justiça com empresas e uma Oscip (organização da sociedade civil).
A iniciativa é inédita no país, segundo o Ministério da Justiça. O idealizador, Fernando Dal Piero, diz que as 324 internas receberam treinamento que envolve cidadania, língua portuguesa, marketing e informática.
As primeiras 80 foram selecionadas independentemente da pena e- pelo trabalho de seis horas- receberão R$ 600 por mês (que pode ficar em uma poupança ou com a família), além de terem a redução da pena.
De acordo com o secretário Ângelo Rocalli (Justiça), todas conversas das presas serão gravadas e acompanhadas em tempo real.
O sistema funciona por palavras-chave: caso a conversa fuja de um repertório, a ligação é cortada.


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