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Após mais de uma semana, baleia morre na Amazônia
Animal estava a cerca de mil quilômetros do oceano; causa ainda será apurada
Corpo de baleia passará por necropsia e depois será enterrado; ribeirinhos que a identificaram primeiro se revoltaram com morte
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
A baleia minke que encalhou
em um rio da Amazônia, no Pará, apareceu morta ontem, antes do início da operação de resgate para salvá-la.
O animal marinho, de cinco
metros de comprimento e cerca de sete toneladas, estava a
cerca de mil quilômetros do
oceano Atlântico há pelo menos uma semana.
A suspeita é a de que ela tenha se desviado de sua rota e
entrado no rio Amazonas pela
ilha de Marajó. No rio Tapajós,
afluente do Amazonas, foi atração turística e alvo de agressão.
Uma necropsia seria feita ontem para tentar identificar a
causa da morte da baleia e o
motivo que a fez entrar em
águas doces. Biólogos acreditam que uma doença pode tê-la
feito deixar o Atlântico. Após os
exames, a baleia será enterrada.
O veterinário Milton Marcondes, do Instituto Baleia Jubarte, que está na região a pedido do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis), afirmou que a baleia estava estressada e ferida.
"Se ela fosse ficar aqui no rio
ia acabar morrendo. O animal
estava sob estresse, gente subindo em cima, barcos próximos, tudo isso pode ter comprometido seu quadro", disse.
O animal foi achado morto às
7h, pela comunidade de São José, no rio Arapiuns, afluente do
Tapajós. O local fica a uma hora
e meia de barco de Santarém
(730 km de Belém).
Ontem, em Piquiatuba, onde
a baleia foi identificada pela
primeira vez, moradores se revoltaram pela morte da minke.
"O Ibama demorou muito no
resgate", disse o professor Jonathás Xavier dos Santos, da
escola municipal Santa Terezinha. A equipe de biólogos que
monitorava o animal tentava
conseguir uma embarcação para transportá-lo de volta ao
oceano, mas não conseguiu a
tempo.
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