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RETRATO DO BRASIL
Taxa de fecundidade cai em 3 Estados
Família brasileira tem menos filhos e segue modelo clássico
DA SUCURSAL DO RIO
Se dependesse só da taxa de fecundidade da mulher, a população de três unidades da federação
-RJ, SP e Distrito Federal- já
apresentaria tendência de diminuição. As unidades tiveram em
2000 taxas de fecundidade inferiores a 2,1 filhos por mulher.
A população só não diminui
porque é preciso considerar o fluxo migratório, ou seja, a quantidade de pessoas de outros Estados que fixam residência nesses
Estados. No Distrito Federal, a taxa de fecundidade é de 1,96 filho
por mulher, contra 2,04 no Rio e
2,06 em São Paulo.
A taxa que indica reposição estável da população é de 2,1 filhos.
Uma taxa de dois filhos por mulher não garante a reposição populacional já que, hipoteticamente, se todos os casais tivessem só
dois filhos, a população diminuiria porque parte das crianças
morreria antes da idade adulta.
Em todo o Brasil, a taxa em 2000
era de 2,38 filhos por mulher. "A
taxa teve forte queda na década de
60, por causa da pílula anticoncepcional, e na de 80, por causa da
esterilização. Isso fez com que o
país reduzisse em 40 anos na mesma proporção em que os países
da Europa demoraram para reduzir em cerca de 150 anos", diz Juarez de Castro Oliveira, do IBGE.
Entre 1991 e 2000, Paraíba
(32%), Maranhão (30,8%) e Bahia
(30,7%) apresentaram maior redução na taxa de fecundidade.
Apesar da queda, ainda apresentam médias superiores à nacional.
Além de ter menos filhos, a família brasileira ainda continua seguindo, em sua maioria (52,4%),
o modelo clássico de um casal
chefiado pelo homem e com filhos. Famílias só com mulheres
com filhos são 12,6%; em 3% das
famílias a mulher, casada e com
filhos, era responsável pelo lar.
Roraima
O Censo mostra também que
foi Roraima o Estado que mais diminuiu, em termos relativos, a taxa de mortalidade infantil. De
1990 a 2000, a queda foi de 56,1%.
Ceará (45,1%), Piauí (43,1%), Tocantins (40,9%), SP (40,1%) e Paraná (40,1%) também apresentaram quedas significativas.
As menores taxas de mortalidade infantil foram do Rio Grande
do Sul (15,96 por mil nascidos vivos), Santa Catarina (18,05), São
Paulo (18,57), Roraima (18,74) e
Distrito Federal (18,99).
As maiores taxas foram de Alagoas (62,54 por mil nascidos vivos), Maranhão (49,01), Paraíba
(48,25), Pernambuco (47,97) e
Rio Grande do Norte (44,73).
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