São Paulo, sábado, 21 de dezembro de 2002

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Melhora do básico reflete na saúde

JAIRO MARQUES
DA AGÊNCIA FOLHA

A queda significativa da taxa de mortalidade infantil em Roraima é atribuída por profissionais da saúde a dois fatores: crescimento da rede de atendimento à população e incremento das condições básicas de saúde, como a ampliação das redes de esgoto e de água tratada e a coleta de lixo.
O Estado, que até cinco anos atrás arcava com um índice de mortalidade infantil de 42 mortes por mil nascidos vivos, passou a investir em equipamentos para maternidades, em bancos de leite, em programas especiais de acompanhamento à gestante e na descentralização das ações de saúde.
"Cuidados efetivos com a gestante e com a criança, por meio de programas como o Saúde da Família, ajuda muito a melhorar os índices de mortalidade", declarou Bernardo Alem, professor da área médica da UFRR (Universidade Federal de Roraima).
De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado, nos últimos três anos, cinco casas médicas, um hospital e um pronto-socorro infantil foram construídos, além de reformas e ampliações em unidades de saúde. O governo também investiu em capacitação de pessoal da área de saúde e na aquisição de equipamentos.
Na capital Boa Vista, há 46 equipes de programa Saúde da Família que conseguem dar assistência a cerca de 75% da população.
Não há metas para que a mortalidade continue caindo. A estratégia do governo estadual é fomentar ações preventivas nas áreas carentes e transferir a responsabilidade de ações aos municípios.
O secretário estadual da Saúde, Altamir Ribeiro Lago, disse que os números revelam que o poder público tem conseguido cumprir com sua responsabilidade.
A ação de ONGs em comunidades indígenas também contribuiu. O trabalho com os ianomâmis, por exemplo, trouxe a taxa de 197 mortos por mil nascidos vivos, em 1998, para 38, em 2000.


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