São Paulo, sábado, 21 de dezembro de 2002

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Grupo étnico que mais cresceu foi o indígena

DA SUCURSAL DO RIO

O grupo étnico dos indígenas foi o que teve a maior taxa de crescimento populacional -10,8% ao ano-, duplicando sua participação no total da população brasileira, de 0,2% para 0,4% de 1991 a 2000.
Enquanto isso, a população total do país cresceu a uma taxa de 1,6% ao ano. Já os que se declaram pretos aumentaram 4,2%; os brancos e amarelos, 2,1%, e os pardos, 0,5%.
Na avaliação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), esse crescimento da população indígena não se deveu à multiplicação da população aldeada -que vive principalmente na região Norte-, mas a uma mudança na maneira de identificação.
A classificação indígena foi instituída no Censo 1991. Até então, eles eram classificados como pardos.
A região onde a proporção de indígenas mais aumentou foi a Sudeste -20,5% ao ano. No Norte, os indígenas tiveram um aumento de 6,2% ao ano. O município que possui a maior proporção de população indígena -76,3%- é São Gabriel da Cachoeira (AM).
O aumento da proporção de pessoas que se dizem pretas também é entendido como um processo de afirmação da identidade negra em pessoas que antes declaravam ser pardas.
O município de Riacho Frio, no Piauí, tem o maior percentual de pessoas em sua população que disseram ser pretas -61,7%. Em Montauri (RS), 100% da população se identificou como branca. O município paranaense de Assaí teve a maior proporção de amarelos (15%), e Nossa Senhora das Dores, em Sergipe, de pardos (98,2%).


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