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Secretário não apóia selo verde
CHICO DE GOIS
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário municipal de Governo, Rui Falcão, deu sinais, durante entrevista à Folha, de que o
Executivo não apóia, no momento, projeto do vereador Vicente
Cândido (PT) que prevê a criação
do selo verde, pelo qual, mediante
o pagamento de 25% do IPVA, o
motorista ficaria livre do rodízio.
O projeto do vereador também fixa em dois dias semanais a restrição à circulação de veículos em
períodos da manhã e da tarde.
Abaixo, trechos da entrevista:
Folha - Muitos dos projetos que
estão na Câmara prevêem aumento de impostos ou criação de taxas.
Como o governo avalia isso?
Rui Falcão - Estamos atualizando
o IPTU e o projeto está aberto na
Câmara para ajustes dos vereadores. A contribuição de iluminação
pública é em decorrência de uma
lei federal. O ISS [Imposto sobre
Serviços", em muitos casos, provocará redução de alíquotas. O lixo trata-se de uma concessão que,
para ser viável, tem de ter uma taxa irrisória do ponto de vista do
potencial do serviço. Quanto ao
chamado selo verde, não é de autoria do Executivo.
Folha - O governo apóia o selo
verde?
Rui Falcão - A possibilidade de
restrições ao transporte individual está contida no Plano Diretor. Eu não sei se a melhor maneira de efetivar essa orientação do
Plano Diretor é através do selo.
Folha - O governo apoiou o candidato Arselino Tatto (PT) para presidente da Câmara. O que o governo
espera para o ano que vem?
Rui Falcão - O governo não interferiu na eleição da mesa. Sobre o
ano que vem, há pelo menos dois
projetos importantes. Um deles é
a compatibilização dos planos diretores regionais ao Plano Diretor
aprovado. O outro é a lei de uso e
ocupação do solo.
Folha - O governo diz que não interferiu na eleição da mesa, mas o
que se fala na Câmara é que houve
propostas de cargos para que os
vereadores votassem em Tatto.
Rui Falcão - O que há é um diz-que-diz e boatos comuns numa
disputa intensa. Outras ilações foram desmentidas pelos fatos. Não
interferimos e nem trocamos votos por cargos.
Folha - Quando o ex-prefeito Celso Pitta propôs criar uma taxa para
o lixo, o PT foi contra. Por que o
partido muda de opinião quando
vira governo?
Rui Falcão - Há coisas que, com a
mudança da conjuntura, as pessoas mudam também. No caso do
Pitta, ele não é muito padrão de
referência porque boa parte da
oposição a ele tinha como conteúdo o fato de achar que a administração dele estava tomada pela
corrupção. Uma taxa num governo transparente é uma coisa, num
governo que corrompe é outra.
Folha - A eleição da mesa da Câmara trouxe algum prejuízo para a
base da prefeita?
Rui Falcão - Houve um esgarçamento natural porque o concorrente era da base do governo, mas
estamos fazendo um esforço para
recompor a base e achamos que
seremos bem sucedidos.
Folha - Em um mês, a prefeita trocou três secretários. Há mais mudanças previstas?
Rui Falcão - A prefeita deverá
anunciar no final do mês ou início
de janeiro o novo secretário das
Subprefeituras, para substituir o
Jilmar Tatto, e numa eventualidade de convites para integrar o governo federal.
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